Alimentação infantil: o que é permitido dar para crianças de até 2 anos?
Uma dúvida muito comum para quem tem criança de até dois anos em casa é em relação à alimentação. Afinal, além do leite materno, o que elas podem ou não comer? Pensando nisso, para te ajudar a tirar essa dúvida, conversamos com a nutricionista Luciana Novaes – que esclareceu essas e outras questões sobre o assunto, principalmente sobre o que não deve ser consumido, para garantir que os pequenos sejam bem cuidados nessa fase.
Alimentos naturais devem ser introduzidos depois dos 6 meses de idade
Para que a criança cresça forte e saudável, é importante começar a investir em uma alimentação rica em nutrientes importantes para o organismo já nessa primeira fase. Segundo a nutricionista Luciana Novaes, até os seis meses de idade, elas devem consumir apenas o leite materno e, a partir daí, começar a estimular a entrada de alimentos naturais – como sopinhas de legumes e frutas bem amassadas, em forma de papinhas, para que não haja risco de engasgos.
O que evitar na alimentação dos pequenos?
Enquanto os alimentos naturais trazem todos os nutrientes necessários para a saúde dos bebês, os industrializados têm efeito contrário e não devem fazer parte do cardápio. “Esses alimentos são ricos em sódio, açúcar e gorduras e podem contribuir para um ganho de peso excessivo, alterações no organismo que podem levar a um aumento da glicose e do colesterol sanguíneo, favorecendo o desenvolvimento de doenças como o diabetes”, esclarece a nutricionista. Dentre os proibidos, estão cereais matinais, achocolatados, iogurte de sabores, biscoitos recheados, gelatinas de caixinha e leite condensado.
De acordo com a profissional, o leite de vaca também deve ser evitado – mesmo depois dos seis meses – por poder trazer algumas complicações para a saúde da criança. “Ele não é aconselhável porque a quantidade de proteína é muito elevada e isso aumenta as chances de desencadear a APLV (alergia à proteína do leite de vaca)”, explica. Sendo assim, nos casos em que o bebê se recusa a consumir o leite materno, ela afirma que ele deve ser substituído apenas pela fórmula infantil até os dois de anos de idade.
Refeições devem ser feitas com intervalos de 3 a 4 horas no máximo
Até os seis meses, quando a criança ainda está na fase do leite materno, não existe um padrão de horário específico para a alimentação – e, inclusive, é até importante que ela seja feita em horas alternadas. “Durante a amamentação é aconselhável que ela seja dada em livre demanda, porque a criança aprende assim a controlar os estímulos de fome e saciedade“, afirma a nutricionista.
Já quando começa a entrada dos alimentos, Luciana recomenda uma amamentação ao acordar, um lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e uma amamentação antes de dormir. “Uma média é colocar para a criança de 4 a 6 refeições que ocorram em intervalos de 3 a 4 horas no máximo”, diz.