Para que serve o DHEA, o famoso ‘super-hormônio’
Você já ouviu falar no DHEA e sabe da sua importância no organismo? Considerado um super-hormônio, ele cumpre importantes funções metabólicas e, quando está em equilíbrio no organismo, pode prevenir uma série de doenças – auxiliando na saúde dos músculos, ossos e do sistema imunológico, por exemplo. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Jéssica Pimentel, que esclareceu vários pontos importantes sobre a ação e os benefícios desse hormônio. Confira!
Afinal, o que é DHEA e como ele é produzido?
Por cumprir uma quantidade grande de funções, o DHEA é o tipo de hormônio que precisa estar sempre em equilíbrio no organismo. Por isso, inclusive, é importante ter sempre um acompanhamento médico para verificar e administrar os níveis do hormônio no organismo. De acordo com a nutricionista Jéssica Pimentel, o DHEA é fundamental para regular outras substâncias e indispensável para o bom funcionamento do corpo como um todo.
“O DHEA na verdade se chama desidroepiandrosterona. Ele é o hormônio presente em maior quantidade no nosso corpo. A sua formação é feita a partir do colesterol. Logo, se tivermos uma grande diminuição da oferta de colesterol dietético, a sua produção será afetada. Vale destacar que as melhores fontes de colesterol são aquelas obtidas através da comida de verdade e não de produtos industrializados”, explica.
“A sua produção no organismo aumenta gradualmente a partir dos 10 anos, atinge o pico durante os 20 anos e, com o passar dos anos, vai diminuindo até a velhice. O início desse decréscimo hormonal vai depender do estilo de vida: alimentação, exercício, humor e estresse. Nós iremos envelhecer, mas a idade de início dessa diminuição pode variar”, complementa a profissional.
A nutricionista também fala sobre as principais atribuições do DHEA e explica o porquê de ele ser considerado um super-hormônio: “Ele desempenha uma série de funções, além de ser o precursor para a formação de uma grande quantidade de hormônios (como os sexuais). Os hormônios vão coordenar reações e dar ordens para o nosso organismo para que o corpo se mantenha em pleno funcionamento. Esse rótulo de super-hormônio veio pela associação de ele ser um antídoto para o envelhecimento. Existem estudos epidemiológicos, por exemplo, que apontam que idosos com níveis baixos de DHEA têm um quadro de envelhecimento pior”, afirma Jéssica.
Para que serve DHEA e quais são seus principais benefícios?
O DHEA se destaca por equilibrar outros hormônios do organismo e, consequentemente, traz uma série de benefícios para o funcionamento metabólico. De acordo com a nutricionista, as funções desse super-hormônio são fundamentais para a saúde. “Esse hormônio vital é imprescindível, porque possui efeitos cardioprotetor, antiobesidade e antidiabético. Também atua na manutenção da saúde óssea, síntese e força muscular, função cerebral, atividade imunológica e manejo do perfil lipídico”, afirma Jéssica.
Por que é necessário garantir que o DHEA não atinja níveis muito baixos?
Você sabia que, através de um estilo de vida equilibrado, é possível garantir que o DHEA esteja sempre em bons níveis no organismo? A nutricionista destaca que é importante impedir que o hormônio fique em carência e dá ótimas dicas para evitar isso.
“É importante cuidar para desacelerar a queda desse hormônio. Isso porque a baixa quantidade de DHEA favorece o surgimento de diabetes, osteoporose, aterosclerose, demência e perda de libido. O estresse é um fator importante na queda de DHEA. Logo, procurar realizar exercício físico, meditação, higiene do sono e cuidar da alimentação são hábitos fundamentais para uma boa saúde hormonal”, explica.
Vale destacar, ainda, que apesar de o DHEA ser produzido naturalmente pelo organismo, em alguns casos é necessário fazer a suplementação do hormônio. Para isso, no entanto, a nutricionista destaca que é importante ter alguns cuidados. “Frear DHEA significa envelhecer mais tardiamente. Mas vale destacar que o DHEA é um hormônio que deve ser usado com cautela e apenas com a prescrição ou recomendação de um profissional médico”, finaliza a nutricionista.