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Guia Culinário 21/05/2018

Você já ouvir falar no Slow Food? Entenda o que é o movimento da ‘comida lenta’

Você já ouviu falar no Slow Food? Esse movimento, que pode ser traduzido por “comida lenta”, foi fundado pelo jornalista italiano Carlo Petrini e vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo. Tudo começou nos anos 1980, quando Petrini iniciou uma campanha contra uma rede de fast-food e abriu sua lanchonete em Roma, capital da Itália. Hoje se sabe que é muito importante se alimentar de forma saudável, mas na época isso não era levado tão a sério assim. Sua ideia era protestar contra aquelas comidas padronizadas e em geral pobre em nutrientes. Mas o Slow Food não está apenas interessado no consumo de orgânicos, e sua proposta vai além.

Comer deve ser algo realmente prazeroso

A ideia principal é que o produtor rural deve ser valorizado, assim como o alimento que ele produz. Carlo Petrini acredita que hoje grande parte do mundo está envolvida de alguma forma com o setor alimentício, e que por isso a comida deve ser levada a sério. Com isso, simplesmente utilizar esses alimentos para fazer pratos que causam mais mal do que bem ao corpo é quase um desperdício.

O Slow Food possui esse nome porque preza que a comida não deve ser consumida ou mesmo preparada em um momento de pressa. É preciso encontrar o prazer no contato com o alimento e aproveitar o que ele tem a oferecer de melhor. “Em mais de duas décadas de história, o movimento se expandiu para incluir uma aproximação compreensiva da comida, que reconhece a forte conexão entre prato, planeta, pessoa, política e cultura”, afirma o site oficial do movimento.

Bom, limpo e justo

O movimento é baseado principalmente em três princípios, conhecidos como bom, limpo e justo. O bom está relacionado à qualidade da comida, que deve ser também saborosa e saudável. O limpo não se refere apenas a lavar as mãos antes de preparar o alimento ou de comê-lo, sua ideia é bem mais ampla: uma produção que não cause danos ao meio ambiente. Por fim temos o justo, que nada mais é do que não cobrar um valor exacerbado pelo produto, apenas o que ele realmente vale. A ideia é que os preços sejam acessíveis para os consumidores, mas ao mesmo tempo justos para pagar os produtores pelo seu trabalho no campo.

Gastronomia sustentável é essencial no Slow Food

Os princípios bom, limpo e justo mostram apenas que o Slow Food é adepto de uma gastronomia sustentável. Afinal, a ideia é que o consumidor compreenda a importante função do alimento na sociedade e busque ao máximo não desperdiçá-lo, além de buscar formas de produção mais saudáveis. Não é à toa que os orgânicos, que não utilizam ativos químicos nos alimentos, sejam eles agrotóxicos ou corantes artificiais, são muito valorizados pelo Slow Food.

Convívio também é importante

Outro ponto importante do Slow Food é que ele preza o convívio, que seria algo feito através de “comunidades de comida”. A ideia é que as pessoas interajam compartilhando experiências através do prazer alimentício. Isso inclui ir a conferências ou festivais e participar de projetos educativos sobre o assunto. Inclusive, o contato entre produtor e consumidor é incentivado, já que os dois lados podem ser adeptos desse movimento. E é exatamente por ter a capacidade de reunir pessoas que o Slow Food se espalhou pelo mundo e hoje está presente em projetos em mais de 160 países, unindo milhões de pessoas que prezam o bem-estar alimentar.