O que é fitoterapia? Anvisa lança manual para o uso de plantas medicinais
A cura está na natureza. Quem segue esse lema de vida, sempre opta pela fitoterapia. Tanto em relação aos alimentos da terra, quanto às plantas medicinais, a prática, cada vez mais é reconhecida pela ciência como uma ação fundamental para o nosso bem-estar e qualidade de vida. Por isso, recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), lançou um manual prático com o objetivo de formalizar e instruir as pessoas sobre essa filosofia.
Aprovado e publicado em junho, e disponibilizado através do portal oficial da Anvisa na internet, o manual, chamado de “Memento Fitoterápico “, traz, em 115 páginas, informações e orientações para tirar as principais dúvidas das pessoas quanto ao uso das plantas medicinais para a cura e tratamento de doenças crônicas ou agudas. As pessoas que optam por esse método natural poderão, por exemplo, ter indicações e específicas do uso de cada vegetal através do guia.
“E é como parte do trilhar desse caminho que a Farmacopeia Brasileira coloca à disposição da sociedade brasileira o presente Memento, entendido com mais uma das suas valiosas contribuições à população do Brasil”, destaca no prefácio do manual, o professor Norberto Rech, presidente da entidade.
O que é fitoterapia?
A fitoterapia consiste na utilização de plantas medicinais ou bioativas, in natura ou secas, orgânicas ou biodinâmicas, em diferentes formas para obter um medicamento. Os vegetais fitoterapeuticos passam por um processo de industrialização e precisam ter sua ação comprovada através de estudos farmacológicos e toxicológicos e devem, assim como qualquer outro tipo de medicamento, ser recomendado por médicos.
Plantas medicinais como calêndula, aloe vera, camomila e passiflora fazem parte da lista do manual e possuem informações sobre identificação, nomenclatura popular e científica, parte utilizada, indicações terapêuticas, contraindicações, precauções de uso, efeitos adversos, interações medicamentosas, formas farmacêuticas, vias de administração, posologia, tempo de utilização, superdosagem, prescrição, principais classes químicas, segurança, eficácia e referências. Contudo, o consumo através de infusões, chás ou sucos, não podem ser considerados tratamentos fitoterápicos, por exemplo, já que muitas pessoas utilizam ervas e plantas para a cura ou alívio de alguns sintomas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os medicamentos produzidos a partir da fitoterapia têm os seus benefícios comprovados pela entidade e sua utilização é comum. “Aproximadamente 80% da população de países em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais“, divulgou o órgão.
Precauções que devemos tomar com a prática fitoterápica
Ao optar pela fitoterapia, os cuidados são os mesmos como com todo tipo de medicamento. Atenção às datas de validade e contraindicações. O uso excessivo ou indevido pode desencadear em outros problemas. Também é importante verificar se o medicamento possui registro na ANVISA. Para isso, acesse o site da Agência e realize a consulta. Caso ele não encontre o registro, comunique a Vigilância Sanitária.