Guardar ou expor as emoções? Saiba como equilibrar os seus sentimentos na vida
Guardar para si ou expor ao mundo as suas emoções? Eis à questão. O fato é que, cada vez mais, a ciência se preocupa com os hábitos comportamentais das pessoas, seus sentimentos e as formas que encaramos nossas situações cotidianas. Tanto que, a partir disso, diversas técnicas, estudos, análises, e, até mesmo, livros de autoajuda são procurados e consultados para buscarmos soluções práticas e funcionais na vida. Contudo, qual é a melhor forma de entendermos esses sentimentos tão genuínos? Descubra!
Logicamente, cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa, com suas peculiaridades, personalidades e formas diferentes de proceder aos sentimentos. Entretanto, de uma maneira geral, todas as emoções partem de uma vontade existencial: o bem-estar. A psicóloga Stèphanie Krieger nos aponta as melhores maneiras de expor essas emoções e como elas interferem em nossas vidas. Veja abaixo!
Guardar emoções faz mal?
“Guardar as emoções significa não reconhecer as mesmas e, portanto, não manejá-las e possivelmente expressá-las de maneira inadequada. Uma vez que as emoções nos ajudam a avaliar as alternativas, oferecendo motivação para mudar ou fazer algo, não reconhecê-las pode levar a comportamentos disfuncionais e expressões emocionais descabidas (como explosões de raiva ou um alto nível de ansiedade). Dessa forma, guardar as emoções prejudicaria nosso funcionamento pessoal, assim como nossos relacionamentos. Além disso, se as emoções nos revelam nossas necessidades, ao guardá-las, teríamos dificuldade em expressar e conseguir suprir as mesmas. Por exemplo: uma pessoa que está se sentindo triste, em geral, tem a necessidade de acolhimento, contudo, se essa pessoa não identifica adequadamente essa emoção, pode expressá-la como raiva, por exemplo, e ao invés de se aproximar de outra pessoa, afastá-la, sem conseguir suprir sua necessidade de acolhimento.”
Qual é a melhor maneira de expor as emoções?
“Após a identificação do nosso estado emocional, precisamos aceitar a presença de determinada(s) emoções. Após esse processo, podemos comunicar a outras pessoas esse estado e expressar adequadamente nossa necessidade. A melhor maneira seria uma expressão assertiva das mesmas, através de comportamento verbal ou não. Um comportamento assertivo significa comunicarmos nossas vontades e necessidades de maneira que o outro as compreenda. Da mesma forma, uma vez que as emoções nos oferecem motivação para fazer algo ou para mudar, podemos utilizar essa motivação para adequar nossos comportamentos aos nossos objetivos.”
Como manter o equilíbrio e controlar as emoções?
“Prefiro falar em regulação das emoções ao invés de controle. Nesse sentido, é fundamental reconhecer como lidamos com nossas emoções. É muito comum as pessoas terem vontade de evitar algumas emoções ou, até mesmo, sentirem vergonha ou culpa por seu estado emocional. Entender a função de cada emoção e aceitar sua presença é uma postura fundamental para poder manejá-las. A regulação emocional propriamente dita são estratégias de enfrentamento para confrontar a intensidade indesejada de suas emoções, mantendo-as em um nível controlável para poder lidar com elas. Isso não significa “pensar positivo”, mas sim avaliar as situações de forma mais completa, baseando-se no maior número possível de evidências para que a resposta emocional seja condizente com o acontecimento. Outra forma de regular as emoções é a supressão emocional. Após já ter ocorrido a resposta emocional, inibe-se os sinais exteriores das emoções, de modo que não se expresse livremente o que se está sentindo. Isso pode ser feito através de técnicas de meditação, relaxamento, respiração etc. Contudo, se for muito difícil para alguém aceitar e encontrar formas alternativas de manejar suas emoções é importante procurar a ajuda de um psicólogo.”