Síndrome de Burnout: o que é, sintomas e papel da alimentação no combate ao esgotamento profissional
A síndrome de burnout é uma doença que tem como principal desencadeador o estresse decorrente das pressões vividas em um ambiente de trabalho. No Brasil, tem sido cada vez mais comum o afastamento de profissionais após serem diagnosticados com a síndrome.
Diante de um aumento de casos diários, vale a pena encontrar estratégias para se cuidar e evitar o desenvolvimento da doença. Até porque, a alimentação pode auxiliar no combate do esgotamento profissional.
Para te ajudar a lidar com essa situação, explicamos neste artigo o que é a síndrome de burnout, seus principais sintomas e a melhor forma de se prevenir. Boa leitura!
O que é a Síndrome de Burnout?
A síndrome de burnout, conhecida também como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico que afeta pessoas que estão expostas a um alto nível de estresse no ambiente de trabalho, com muitas pressões, demandas, responsabilidades, expectativas e competitividade.
Nesse sentido, a condição é o resultado de uma exaustão física e mental intensa, que se não for tratada rapidamente, pode desencadear uma depressão profunda. Atualmente, conforme o Ministério da Saúde, os profissionais que mais sofrem com o esgotamento emocional intenso e prolongado são os policiais e professores. É comum também casos de burnout entre outras classes, como a dos enfermeiros, motoristas de ônibus e jornalistas.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da síndrome de burnout são:
- nervosismo;
- dor de barriga;
- cansaço excessivo;
- tonturas;
- estresse;
- falta de vontade de sair de casa;
- dor de cabeça;
- insônia;
- insegurança;
- pessimismo;
- mudança brusca de humor;
- negatividade constante;
- dor muscular;
- distúrbios gastrointestinais;
- batimentos cardíacos acelerados;
- pressão alta;
- desconexão emocional com os colegas;
- redução do desempenho profissional.
De um modo geral, os sintomas da síndrome de burnout surgem de forma leve e vão se intensificando ao longo dos dias. Por isso, o mais indicado é buscar ajuda profissional assim que aparecer os primeiros sinais da doença.
Quais são as três fases da Síndrome de Burnout?
Existem três fases da síndrome de burnout. Conheça a seguir as características de cada um deles.
Exaustão emocional
Nestes casos, a pessoa apresenta um cansaço extremo e desinteresse pelo trabalho. Também é comum que a pessoa apresente uma exaustão emocional que pode beirar a apatia.
Despersonalização
Quando o profissional sente a despersonalização, ele se desconecta emocionalmente dos colegas de trabalho.
Redução do desempenho profissional
Ao apresentar sintomas, como dores no corpo, cansaço excessivo, pessimismo, entre outros, o profissional não consegue entregar o que normalmente ele conseguiria, reduzindo drasticamente seu desempenho no trabalho.
Quais são as sequelas do Burnout?
O Burnout pode deixar marcas severas no corpo da pessoa se a doença não for tratada o quanto antes. Nestes casos, as sequelas da síndrome podem afetar não só a vida profissional dela, mas também a pessoal.
Isso porque uma série de sintomas são desenvolvidos, de ordem física e mental, o que faz com que a pessoa tenha dificuldades em cumprir com as demandas sociais. Dessa forma, as principais sequelas da doença são:
- depressão profunda;
- ansiedade;
- problemas de sono;
- dificuldade nas relações familiares e profissionais;
- distúrbios gastrointestinais;
- dores musculares;
- diabetes;
- colesterol alto;
- úlcera.
Qual é o melhor tratamento para a Síndrome de Burnout?
O tratamento mais adequado da síndrome de burnout envolve:
- psicoterapia;
- uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos;
- prática de exercícios regulares;
- alimentação saudável.
Caso não seja seguido à risca, isto é, se a pessoa não adotar uma mudança de hábito e estilo de vida, o paciente pode apresentar sinais de piora na doença e, consequentemente, um agravamento no seu quadro.
Vale lembrar que o tratamento (medicamentoso e terapêutico) pode ser realizado pelo SUS de modo integral. Para ter acesso, basta ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após o primeiro atendimento, o caso será encaminhado aos centros especializados.
Como prevenir a Síndrome de Burnout?
De acordo com o ISMA-BR (International Stress Management Association), 32% da população sofre com a síndrome de burnout. Segundo a pesquisa desenvolvida por esta instituição, em 2021, o Brasil chegou a ocupar a segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de casos da doença – ficando atrás apenas do Japão.
Diante dos números cada vez mais crescentes, a prevenção da síndrome de burnout se tornou fundamental para evitar que mais brasileiros sofram distúrbios psicológicos desencadeados pelos estresses vividos nos ambientes de trabalho.
O Ministério da Saúde defende que a melhor forma de prevenir a doença é adotando estratégias saudáveis no dia a dia. Isso ajuda a evitar o desenvolvimento da síndrome e também a de perceber os sinais cedo, caso a pessoa adoeça.
Veja, a seguir, dicas de estratégias que você pode aplicar na sua rotina:
- Traçar pequenos objetivos pessoais e profissionais.
- Encontrar amigos e familiares para desfrutar da presença deles.
- Fazer atividades que te deem prazer, como esporte, pintar, cantar, dançar etc.
- Se permitir sair da rotina, indo passear, comer em restaurante.
- Evitar encontrar pessoas que reclamam muito do trabalho ou dos colegas.
- Fazer atividades físicas com frequência.
- Evitar bebidas muito estimulantes, como café e refrigerante.
- Ter pessoas próximas que você possa conversar sobre o que sente.
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro ou outras drogas.
- Não tomar remédio sem prescrição médica.
- Dormir 8 horas de sono todo dia.
- Priorizar os descansos aos finais de semana.
- Manter uma dieta equilibrada.
Como a alimentação ajuda a combater o Burnout?
A alimentação desempenha um papel muito importante na saúde física e mental. E é por isso que ela pode influenciar diretamente na forma como o corpo reage diante do estresse, do cansaço excessivo, da depressão e da ansiedade.
Nesse sentido, incorporar uma dieta rica em nutrientes ajuda não só a prevenir a doença, como também no processo de recuperação do paciente.
Conheça abaixo alguns alimentos que auxiliam no combate da síndrome de burnout.
Alimentos ricos em triptofano
O triptofano é um aminoácido que auxilia na produção da serotonina. Por isso, comer alimentos ricos em triptofano pode ajudar no combate ao burnout. Alguns desses alimentos são:
- frango;
- ovos;
- peru;
- peixes;
- tofu;
- nozes;
- banana;
- chocolate amargo;
- sementes (como amêndoas e castanha de caju).
Alimentos ricos em ômega-3
O ômega-3 tem uma ação anti-inflamatória muito relevante. Além disso, segundo estudos, o ômega-3 também pode ser usado para aliviar sintomas ansiosos e depressivos. Sendo assim, invista nos seguintes alimentos:
- peixes (salmão, atum e sardinha);
- sementes (como chia, linhaça e nozes).
Alimentos ricos em magnésio
O magnésio também está atrelado a alterações químicas, que podem favorecer o aparecimento de sintomas de depressão e ansiedade. Por isso, indica-se a ingestão destes alimentos para combater a síndrome do burnout:
- abacate;
- feijão;
- cacau em pó;
- iogurte natural;
- espinafre.
A síndrome de burnout é um distúrbio psicológico sério, que pode levar a uma depressão profunda, se não cuidada devidamente. Por isso, não deixe de seguir as nossas dicas, como:
- Incorporar uma alimentação balanceada.
- Praticar exercícios diários.
- Criar pausas no trabalho.
- Ter a terapia em dia.
- Viver momentos de lazer com pessoas que você ama.
- Fazer atividades que te dão prazer etc.
Esses hábitos, somado a manter-se hidratado regularmente, vão te ajudar a manter uma vida saudável e equilibrada. E caso você perceba alguns sintomas da síndrome de burnout, não deixe de procurar um profissional. O quanto antes começar o tratamento, mais rápido você vai se curar!