Invista na dieta do salmão: é bom para o humor, e melhor para o coração!
Não é novidade que estudos já mostram que comer duas porções de peixe por semana é o ideal para beneficiar adultos e criança, mas quais serão os benefícios que o salmão, peixe que tem ficado cada vez mais popular no dia a dia dos brasileiros, pode trazer para o organismo? A verdade é que ele é ótimo para ser incluído em cardápios que evitam a depressão, além de ajudar diretamente a saúde cardíaca.
Por ser típico das águas salgadas e frias – assim como o atum, arenque, bacalhau e sardinha – o salmão tem mais Ômega 3 do que os outros peixes com habitat diferente. Esse nutriente, na verdade, é uma gordura que funciona como protetor do coração e atua prevenindo a formação das placas que obstruem as artérias. Se não bastasse isso, o ômega 3 ainda auxilia na redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Além disso, ele é rico em proteínas de alto valor nutritivo, que são de mais fácil digestão, favorecendo este processo.
A nutricionista e farmacêutica, Andrea Forlenza, falou também sobre outra vantagem do nutriente: “O ômega 3 também é importante na produção prostaglandinas específicas, substâncias químicas que melhoram processos inflamatórios e as funções do sistema imunológico”. Essa ação anti-inflamatória também pode ajudar na melhora do humor. “O ômega 3 pode ter ação sobre o humor, uma vez que há estudos positivos da sua utilização em pessoas deprimidas, por ter ação anti-inflamatória, e a inflamação está associada à quadros depressivos”.
Essa melhora no humor também está relacionado as vitaminas do complexo B. A especialista explicou que estas vitaminas são necessárias para o bom funcionamento do sistema nervoso central, auxiliando na formação de neurotransmissores e adequada transmissão de mensagens entre os neurônios e na produção energética, mantendo a pessoa em equilíbrio com ela mesma. Além disso, o salmão oferece um aminoácido chamado de triptofano, essencial para a formação de serotonina – importante neurotransmissor que causa sensação de bem estar. A serotonina ajuda no equilíbrio do humor quando produzida em quantidades certas.
O salmão também é rico em sais minerais!
O selênio, por exemplo, é um antioxidante poderoso. O consumo dele diminui a formação de radicais livres – moléculas que, em excesso, causam o envelhecimento precoce e diversas doenças. O fósforo é outro mineral que esse alimento fornece, que, por sua vez, atua melhorando o metabolismo ósseo, juntamente com o cálcio. Já o magnésio, também encontrado no salmão, ajuda na contração muscular e no metabolismo energético do corpo.
Ainda assim, mesmo com todas essas vantagens, alguns cuidados devem ser tomados. A nutricionista indica que, na hora do preparo, o ideal é usar temperaturas baixas com o cozimento brando. “Por ser uma gordura, o ômega 3 é muito instável a altas temperaturas e o contato com o oxigênio”, explica. Além disso, preocupe-se na hora de escolher as postas. Prefira as mais rosadas às avermelhadas, isso pode garantir a melhor qualidade nutricional do peixe.
Para conseguir mais quantidade de nutrientes, principalmente de ômega 3, a melhor opção seria sempre consumir os de origem importada, isso porque, assim, eles se desenvolveriam em mares frios e águas profundas. “O ideal seria termos à disposição um salmão selvagem para consumo, oriundo de mares não contaminados e poluídos, o que é muito difícil de achar”, ressalta Andrea.
Quanto a comida japonesa, onde o salmão é consumido cru, os riscos são ligados à higiene – o que pode levar a uma intoxicação alimentar – e à questão dos metais pesados e dos corantes usados. “Deve-se sempre procurar locais confiáveis, com referências. Se possível, questionar o origem do produto. Consumir o peixe em restaurantes bem movimentados ajuda a garantir um peixe mais fresco, já que há maior reposição”, explica a nutricionista.