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Obesidade: ciência aponta 14 novos fatores genéticos para o excesso de peso
Guia Culinário 19/01/2018

Obesidade: ciência aponta 14 novos fatores genéticos para o excesso de peso

A obesidade atinge milhões de pessoas no mundo e as causas são diversas: sedentarismo, má alimentação, histórico familiar… Por isso, cada vez mais, a ciência intensifica suas pesquisas para poder decifrar e individualizar, caso por caso, as razões do excesso de peso, e assim tratar essa doença de forma natural, gradativa e equilibrada. Recentemente, um estudo publicado pela revista “Nature Genetics” e divulgado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO), revelou 14 novas variantes de genes associadas à obesidade e o Índice de Massa Corporal (IMC).

O estudo, que envolveu mais de 250 instituições de pesquisas ao redor do mundo, combinou os dados de DNA de mais 700 mil pessoas, nos quais foram descobertos 14 variações genéticas que podem desempenhar um papel importante no controle do peso corporal. O objetivo principal dessas análises, de acordo com a publicação, é o de apresentar novas possibilidades para, de maneira individualizada e funcional, fornecer intervenções terapêuticas para o tratamento dessas pessoas.

“Embora estejamos alguns passos mais perto da compreensão da biologia do motivo pelo qual algumas pessoas ganham ou perdem peso com mais facilidade do que outros, pesquisas adicionais para cada um dos genes identificados são necessárias para entender os mecanismos através dos quais eles atuam“, divulgou o texto a pesquisa.

Uma dessas principais descobertas foi um gene chamado “MC4R”. Essa variante foi encontrada em 1 para cada 5 mil pessoas e afeta diretamente a produção de uma proteína responsável por regular o apetite. Para se ter uma noção, a ausência dessa substância no organismo resulta uma média de 6,8 quilos a mais do que aqueles sem a variante genética.

Boa notícia: o Brasil está conseguindo controla a obesidade

Dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostraram que, pela primeira vez em oito anos, o percentual de excesso de peso e de obesidade se manteve estável no Brasil. O consumo diário de alimentos mais saudáveis e a prática de atividades regulares são os grandes fatores que favorecem o combate dessa doença, prevenindo, inclusive, o fatores de risco e problemas futuros causados pela obesidade, como a diabetes, hipertensão e até alguns tipos de câncer.

Esportes e alimentação saudável: as melhores formas para controlar a obesidade com novos hábitos de vida

– Reeducação alimentar: O primeiro passo para a busca do peso ideal é um plano alimentar correto e de acordo com as necessidades físicas e nutricionais de cada pessoa. O consumo de alimentos naturais, orgânicos, ricos em fibras alimentares, vitaminas, minerais e outros componentes bioativos que são fundamentais para equilibrar o organismo e, principalmente, oferecer a melhor sensação de saciedade possível, evitando a gula, uma das maiores razões do ganho de peso.

De acordo com a nutricionista Raquel Sanchez Franz, da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor do Ministério da Saúde, o ideal é montar um cardápio rico em proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas, minerais e fibras. “Uma dica é servir metade do prato com hortaliças. Isso garante a quantidade adequada de nutrientes e ajuda diretamente no bom funcionamento do organismo”, afirma a especialista, através do site oficial da entidade.

– Atividades físicas regulares: Simultaneamente ao plano alimentar, é necessário que a pessoa acima do peso tenha a consciência da importância de fugir da ociosidade. Praticar atividades físicas é fundamental para fortalecer o corpo, acelerar as reações metabólicas do organismo e emagrecer de forma natural. Não importanta a intensidade dos exercícios, de acordo com o Ministério de Saúde, cerca de 30 minutos por dia já são suficientes para melhorar qualquer quadro físico. É ter foco, dedicação, e uma atividade que lhe de mais prazer e satisfação de fazer. Um bom começo pode ser simples caminhadas em parques ou à beira-mar.