Seja você mesmo: Saiba como fugir dos estereótipos pode mudar a sua vida
Quando você se olha no espelho, quem você vê? Aquilo que você realmente é ou aquele que querem que você seja? O mundo cobra e a sociedade nos impõem tantos padrões – tem que ser alto, magro, esbelto, usar o corte de cabelo e as roupas da moda… – que muita gente acaba deixando a vida passar sem perceber o fato de ser mais um mero refém dos “estereótipos”. Por isso, aqueles que optam por não se enquadrar e fugir desses caminhos pré-estabelecidos, enxergam, à frente do espelho, o reflexo dos sentimentos mais importantes que podemos ter, como o autoconhecimento, o amadurecimento pessoal e, claro, o amor próprio!
Desde pequenos, nós já aprendemos e nos acostumamos a seguir padrões, por exemplo: Os meninos têm que usar azul, brincar de carrinho e jogar futebol… As meninas devem se vestir de rosa, brincar de boneca e dançar balé. Quem não se enquadra nesses conceitos são taxados de “esquisitos”, “doentes”, “problemáticos” e, por consequência, vistos como “infelizes”. Segundo a psicóloga Gisele Rosa, os estereótipos moldam as personalidades das pessoas, que acabam, muitas das vezes, não pensando com a própria cabeça, agindo de forma orquestrada e de acordo com aquilo que lhe são apresentadas como “correto”:
“Os estereótipos são padrões de comportamentos esperados pelo indivíduo, por critérios pré-estabelecidos. Ou seja, são limitadores de potencialidades, pois em geral incitam sentimentos preconceituosos, como racismo, xenofobia, machismo, misandria, intolerância religiosa e homofobia”, enfatiza a profissional.
Abaixo, a especialista nos responde outras questões sobre os padrões impostos pela sociedade e indica a melhor maneira de lidar com cada um deles. Confira!
Como podemos fugir dos estereótipos?
“Através do autoconhecimento. Quando se há essa clareza sobre seus gostos, preferências e vontades, é possível conquistar com mais facilidade seus objetivos e atingir a realização pessoal. Percebo que as pessoas perdem muito tempo tentando se encaixar em padrões que não pertencem às suas personalidades. Esses movimentos geram dores, conflitos e confusões, pois elas se perdem entre o que são e quem gostariam que elas fossem. O real questionamento seria: Estou insatisfeito comigo ou estou insatisfeito com a pressão que recebido pelo estereótipo? Essa é uma reflexão primordial para o ponta inicial do autoconhecimento.”
Quais são os benefícios de sermos nós mesmos?
“Autonomia, clareza, confiança e determinação que resultam no autoconhecimento. É o combo que acompanha a arte de se conhecer.”
Como reforçar a nossa personalidade no dia a dia?
“Comece se questionando, dê atenção às suas insatisfações. Elas são de fato suas? Ou são motivadas por um fator externo como: os estereótipos, padrões, mídia ou sociedade em geral. Tendo esclarecido isso, investigue-se. O que você tem deixado de lado para obedecer padrões? Esses questionamentos podem gerar muitas dúvidas no início, o que é totalmente natural, visto que sofremos essas pressões externas desde o nascimento, portanto não hesite em procurar um mediador para auxiliar nessas questões. Nem sempre é fácil, mas sempre há sempre uma solução.”
* Gisele Rosa (CRP 05/50911) é psicóloga e disponibiliza suas páginas nas redes sociais para contato e outras informações: Trabalharte e Instagram.