Tapioca: O alimento brasileiro para dietas funcionais
Para variar o cardápio, sem deixar de usufruir da rica gastronomia brasileira, a tapioca é uma das opções mais saudáveis para a nossa alimentação. Atualmente, esse ingrediente típico dos pratos nordestinos, caiu nas graças dos nutricionistas de todo país, tanto que a fécula, antes conhecida só como matéria-prima do beiju, hoje aparece em diversas receitas das dietas funcionais que trazem, além muitos nutrientes para a dieta, muito sabor para um prato bem dividido e elaborado!
Se analisada isoladamente, sem seus devidos acompanhamentos, a tapioca é um alimento simples, com pouco sabor e nutrientes. Contudo, é justamente essa característica que a faz uma verdadeira “tela em branco”, que possibilita as mais diversas combinações, tanto doces como salgadas. A nutricionista Samira Zanon, da Clínica Vivace Saúde do Homem no Rio de Janeiro, explica:
“A grande vantagem dessa fécula fica por conta de ser um alimento puro, e no seu preparo e fabricação não são adicionados ingredientes como glúten, gorduras polinsaturadas e sódio, por exemplo. Podem ser adicionados recheios que compensem a falta de nutrientes da tapioca, como queijo branco, carnes magras ou vegetais, para compensar a ausência de fibras. Outro recurso para enriquecer o alimento é fazê-lo com suco mistos de frutas, verduras e legumes coado, o que agrega vitaminas, cor e sabor”, disse a profissional, destacando mais características importantes da tapioca em dietas, principalmente como substituta do pão:
“A tapioca é um alimento mais ‘honesto’. Por ser composta por um único elemento, a fécula retirada do aipim – mandioca ou macaxeira, dependendo da região – e ter sabor neutro, combina com diversos outros complementos, assim como o pão, com a vantagem de não conter ingredientes potencialmente prejudiciais à saúde”, revela Samira.
Inclua fibras em sua tapioca
Como tem alto índice glicêmico, a tapioca precisa de certos cuidados para ser consumida: “Para que os benefícios da tapioca sejam potencializados, recomenda-se acrescentar no recheio alimentos ricos em fibras, que são os vegetais. Desta forma, evita-se o pico de insulina na corrente sanguínea, que faz com que o açúcar seja mais rapidamente absorvido. Com as fibras, esse processo é retardado, por isso toda dieta saudável deve incluir esse importante polissacarídeo”, conta Samira.
Apesar de não ser nutritiva, a goma do aipim tem importante propriedade pouco conhecida: ela é um probiótico que tem ph alcalino, o que ajuda a equilibrar o pH do corpo. “O bom funcionamento do intestino depende da manutenção dos indicadores de pH adequados, entre outros fatores. No processo digestivo, atuam enzimas que dependem de um ambiente com alcalinidade moderada, por isso alimentos ácidos não são indicados para quem tem desequilíbrio no pH. Uma dieta que tenha como objetivo restabelecer a alcalinidade intestinal deve conter alimentos probióticos, que estimulam a proliferação de flora bacteriana benéfica para o funcionamento do órgão. Nesse sentido, a tapioca é uma excelente opção, já que é predominantemente alcalina”, encerra a nutricionista.
Para se assegurar que a tapioca seja 100% saudável, é importante fugir dos excessos: muito azeite ou manteiga, leite condensado, chocolate, doces e carnes gordas.