Comer ovo todo dia faz mal? Descubra qual a quantidade indicada
Presente em uma série de mitos sobre a alimentação, o ovo é um alimento que costuma causar muita controvérsia entre os consumidores. Enquanto algumas pessoas o consideram um ingrediente saudável, nutritivo e benéfico para a saúde, outras acreditam que o ovo é cheio de colesterol e evitam consumi-lo todos os dias. Aliás, foi assim que surgiu uma das dúvidas mais recorrentes sobre o alimento: comer ovo todo dia faz mal para a saúde? Para responder a essa pergunta, nós conversamos com a nutricionista Jéssica Pimentel que esclareceu a quantidade indicada por dia e desmentiu alguns mitos sobre o assunto. Veja o que ela falou!
Afinal, comer ovo todo dia faz mal?
Por ser um alimento versátil, o ovo costuma combinar muito bem com qualquer uma das refeições do dia: ele pode ser consumido no café da manhã, no almoço, no lanche e na janta. Mas, será que criar o hábito de comer o alimento todos os dias faz bem para a saúde? De acordo com Jéssica Pimentel, o que deve ser levado em conta, na verdade, é a quantidade de proteína ingerida por dia de acordo com as necessidades do nosso organismo.
“O ovo é muito rico nutricionalmente, tem uma grande quantidade e qualidade de proteínas na clara e na gema, como a colina, o ácido fólico e os carotenoides que fazem uma atividade antioxidante muito importante para o nosso corpo, para a nossa saúde ocular e funcionamento neurológico. Por isso, na verdade, a gente tem que pensar em quantidade de ovo por refeição e o quanto de proteína cada um precisa consumir por dia, dentro de suas necessidades e de quais serão as outras fontes de proteína no dia. Essa quantidade ideal acaba sendo individualizada, tem que ver com a sua nutricionista. Mas o consumo, em pessoas saudáveis, normalmente varia de 1 a 4 ovos por refeição, dependendo de quem esteja consumindo”, afirma a nutricionista.
Ovo cozido, poché ou estrelado: qual é a melhor forma de preparar o alimento?
A má fama do ovo está relacionada ao fato de ele ser conhecido como um alimento extremamente rico em colesterol. No entanto, saber como prepará-lo de maneira saudável é um dos principais fatores que influenciam na quantidade indicada por dia e na forma como o ovo pode afetar a nossa saúde.
Segundo a especialista, “há tempos se falava que o ovo fazia mal e que aumentava o colesterol. Porém, o que foi descoberto é que as gorduras da gema são boas e não podem aumentar o nosso colesterol. Na verdade, a composição de nutrientes do ovo com as gorduras boas que ele tem faz com que o colesterol ‘ruim’ (LDL) diminua no organismo. Ou seja, é ao contrário do que se fala!”, explica.
Nesse caso, preparar um ovo frito (estrelado ou mexido) não faz mal para a saúde. O problema está na quantidade de gordura inserida na hora de fritar o alimento. Mas, para não aumentar o colesterol, bastar usar um pouco de manteiga, azeite ou algum outro óleo vegetal em pequenas quantidades.
Você também pode preparar um ovo cozido ou fazer um ovo poché (escalfado) – afinal, ambos são preparados na água fervente. Também vale incluir receitas nutritivas com o alimento no dia a dia e preparar pratos como abacate com ovo e omeletes saudáveis – com tomate, hortaliças e queijos.
A nutricionista também complementou que o importante, no fim das contas, é equilibrar as porções diárias. “Tudo em excesso faz mal. Se você consumir 1 dúzia de ovos no total das refeições, por exemplo, o colesterol vai aumentar. Tudo é equilíbrio. O que aumenta o colesterol são os maus hábitos alimentares, o sedentarismo, o estresse e a predisposição genética, e não o consumo de um alimento isolado, como o ovo”, afirma.