Cirurgia bariátrica: Faz bem ou não? Entenda mais sobre a redução de estômago
Mais um ano chega e com ele diversas promessas a serem cumpridas durante o tempo. E, uma delas, tradicionalmente é conquistar o tão sonhado “peso ideal”. Muito utilizada por pessoas famosas, celebridades, e propagada mundo afora, a cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago se tornou uma opção “prática e milagrosa” de emagrecimento. Contudo, será que esse é o melhor caminho?
Para entendermos melhor como funciona esse procedimento e se é válido ou não se submeter a uma operação para reduzir o estômago, a nutricionista Caroline Codonho nos passou uma série de informações importantes sobre o tema. Veja!
Segundo a profissional, o protocolo da preparação para a cirurgia bariátrica é bastante interessante e grande parte dos pacientes conseguem apresentar perda de peso já durante o período de preparação. Contudo, mesmo assim, ela só aconselha esse tipo de intervenção para pessoas que já tentaram por diversas vezes sem sucesso a perda de peso.
“Todo o processo cirúrgico deve ser precedido de um acompanhamento multiprofissional por cerca de 1 ano (a equipe mínima de apoio deve ser composta por médico, psicólogo e nutricionista), além da terapia nutricional já preparando o paciente para a intervenção, além de estabelecer novos hábitos alimentares antes da cirurgia. A prática de atividade física orientada também é recomendada”, diz a profissional, reiterando: “Apesar de se tratar de um procedimento que deve ser recomendado ou não mediante uma avaliação médica, durante a minha vida profissional eu já recomendei a apenas uma paciente que havia sido submetida a uma cirugia ortopédica extensa, a intevenção cirúrgica para a perda de peso”, destaca a especialista.
Condições essenciais para iniciar a circurgia de redução de estômago
De acordo com a Dra. Codonho, a condição essencial para se submeter ao processo cirúrgico é a obesidade acentuada (IMC maior que 40) associada com complicações, como diabetes, hipertensão, restrição de mobilidade ou acima de 45 sem complicações. Em ambos os casos os pacientes já são categorizados como obesos mórbidos.
O período pós-cirúrgico é igualmente importante, pois ele é que efetivamente será determinante na perda e manutenção do peso corporal. “É bastante importante conscientizar os pacientes que desejam se submeter a esse procedimento sobre as complicações possíveis como a síndrome de dumping (caracterizada por episódios de vômitos, dores abdominais, sintomas de hipoglicemia), risco de obstrução gástrica, deficiência na absorção de micronutrientes (que deverão ser suplementados por toda a vida)”, finaliza a nutricionista.