Colesterol alto: causas, sintomas e alimentos que ajudam a baixar
Na busca por uma vida saudável, alguns temas podem ser muito comuns, especialmente para quem ainda está nos primeiros passos para a saudabilidade. Um desses assuntos, por exemplo, é o colesterol alto.
Se esse é o seu caso, não se preocupe. Hoje, reunimos um guia completo explicando o que é e quais são os diferentes tipos de gordura no sangue, além de mostrar o que o colesterol alto pode causar no corpo e, o mais importante, trazer dicas de alimentação para combater o colesterol alto. Acompanhe e comece sua jornada rumo a uma saúde mais equilibrada!
Quais são os tipos de colesterol na corrente sanguínea?
O colesterol é uma gordura fundamental para o funcionamento do corpo humano, sendo vital para a formação das membranas celulares, produção de ácidos biliares para a digestão, e à síntese de vitaminas e hormônios essenciais. Ao todo, existem três principais tipos de colesterol na corrente sanguínea:
- HDL (High-Density Lipoprotein – Lipoproteína de Alta Densidade): conhecido como o “colesterol bom”, o HDL desempenha um papel protetor, removendo o excesso de colesterol do sangue e transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado.
- LDL (Low-Density Lipoprotein – Lipoproteína de Baixa Densidade): é chamado de “colesterol ruim” porque, em excesso, pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas que obstruem o fluxo sanguíneo e aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
- VLDL (Very Low-Density Lipoprotein – Lipoproteína de Muito Baixa Densidade): também é considerada prejudicial quando está em níveis elevados, pois pode contribuir para o acúmulo de gordura nas artérias, aumentando os riscos cardiovasculares.
Descobrir as diferenças entre o colesterol bom e ruim é crucial para adotar práticas alimentares e de estilo de vida que favoreçam o equilíbrio e minimizem os riscos de doenças. Lembre-se, porém, que, para montar essa estratégia, é fundamental buscar orientação profissional para um cuidado personalizado e abordagem eficaz.
Quais são os sintomas de colesterol alto?
O colesterol alto é frequentemente chamado de “inimigo silencioso” porque, na maioria dos casos, pode não apresentar sintomas evidentes – até que o crescimento da placa de gordura estreite as artérias, dificultando ou impedindo a circulação sanguínea, com o risco de infarto ou derrame cerebral. Por isso mesmo, é crucial estar atento a sinais indiretos que podem indicar níveis elevados de colesterol, tais como:
- cansaço;
- dor de cabeça;
- falta de ar;
- dor no peito;
- palpitações;
- manchas amarelas na pele (xantomas);
- problemas de visão;
- dores nas pernas.
Monitorar esses sinais, juntamente com exames regulares para avaliar os níveis de colesterol, é essencial para prevenir complicações mais graves.
Leia mais: Confira os sintomas de colesterol alto em crianças
O que provoca colesterol alto?
O colesterol alto pode ser causado por diversos fatores, sendo alguns dos principais:
- Má alimentação: o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans pode elevar os níveis de colesterol.
- Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para o aumento do colesterol ruim (LDL) e a diminuição do colesterol bom (HDL).
- Genética: predisposição genética pode influenciar na regulação dos níveis de colesterol, tornando algumas pessoas mais propensas a desenvolver colesterol alto.
- Obesidade: o excesso de peso está frequentemente associado ao aumento do colesterol, especialmente o LDL.
- Idade e gênero: a incidência de colesterol alto aumenta com a idade, e os homens tendem a ter níveis mais elevados que as mulheres até a menopausa.
- Tabagismo: o hábito de fumar não apenas reduz o colesterol bom, mas também danifica as paredes das artérias, facilitando o acúmulo de placas.
- Condições médicas: diabetes, hipotireoidismo e outras condições de saúde podem contribuir para o aumento dos níveis de colesterol.
O que o colesterol alto pode causar no corpo?
O colesterol alto pode ter várias consequências negativas, incluindo:
- Aterosclerose: o acúmulo de placas de gordura nas artérias pode levar à aterosclerose, estreitando e endurecendo as artérias, o que dificulta o fluxo sanguíneo.
- Doenças cardiovasculares: o risco de doenças cardíacas aumenta significativamente, podendo resultar em angina, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e em AVC (Acidente Vascular Cerebral).
- Problemas circulatórios: a redução do fluxo sanguíneo devido às placas nas artérias pode causar problemas circulatórios, afetando diversas partes do corpo.
- Hipertensão: o colesterol elevado está associado ao aumento da pressão arterial, aumentando o risco de hipertensão.
- Xantomas: depósitos amarelados de gordura, conhecidos como xantomas, podem se formar na pele, indicando altos níveis de colesterol.
- Complicações nos olhos: problemas visuais, incluindo danos à retina, podem ocorrer devido à diminuição do fluxo sanguíneo nos olhos.
- Insuficiência renal: em casos mais graves, o acúmulo de placas nas artérias pode contribuir para a insuficiência renal.
- Complicações vasculares: além das artérias, outras áreas do sistema vascular podem ser afetadas, levando a complicações em vários órgãos com o impedimento de circulação de sangue no corpo.
- Complicações neurológicas: o colesterol alto pode aumentar o risco de comprometimento cognitivo e demência, embora a relação precise ser mais estudada.
Qual é a taxa de colesterol considerada perigosa?
Essa interpretação envolve a avaliação de diferentes componentes, principalmente:
- colesterol total;
- LDL (colesterol ruim);
- HDL (colesterol bom).
As diretrizes médicas costumam considerar as seguintes faixas como referência:
1.Colesterol total:
- Desejável: menos de 200 mg/dL.
- Limítrofe: 200-239 mg/dL.
- Alto: 240 mg/dL ou mais.
2.LDL (colesterol ruim):
- Ótimo: menos de 100 mg/dL.
- Bom: 100-129 mg/dL.
- Limítrofe: 130-159 mg/dL.
- Alto: 160-189 mg/dL.
- Muito alto: 190 mg/dL ou mais.
3.HDL (colesterol bom):
- Baixo: menos de 40 mg/dL (para homens) ou menos de 50 mg/dL (para mulheres).
- Desejável: 40 mg/dL ou mais (para homens) e 50 mg/dL ou mais (para mulheres).
- Ótimo: 60 mg/dL ou mais.
Vale ressaltar que a interpretação das taxas de colesterol pode variar de acordo com fatores individuais e histórico clínico. Além disso, o risco cardiovascular não depende apenas dos níveis de colesterol, mas ainda de outros fatores, como idade, histórico familiar, tabagismo e pressão arterial.
Para obter uma avaliação precisa e receber orientações específicas, é fundamental consultar um profissional de saúde.
Qual é o tratamento para colesterol alto?
O tratamento para colesterol alto é abordado por meio de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicamentos. Em relação à adoção de novos hábitos, o principal ponto é garantir uma alimentação saudável, caracterizada pela redução de gorduras saturadas e trans, juntamente com o aumento de alimentos ricos em fibras e ômega-3.
Independentemente do tratamento, o acompanhamento médico regular e exames periódicos são fundamentais para avaliar a abordagem escolhida, bem como monitorar o risco cardiovascular.
O que fazer para diminuir o colesterol alto?
Para reduzir o colesterol alto, é preciso adotar uma abordagem equilibrada e abrangente. Comece, por exemplo, promovendo uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos com ômega-3. Além disso, limite a ingestão de gorduras saturadas, evitando ao máximo alimentos processados e frituras.
Outros pontos importantes são deixar de fumar, controlar o consumo de álcool, assim como investir na prática regular de exercícios físicos. O médico também pode recomendar, caso necessário, o uso de remédios para diminuir as taxas de colesterol.
O que não pode comer quando está com o colesterol alto?
Ao lidar com o colesterol alto, é aconselhável evitar ou limitar o consumo de certos alimentos. Entre eles, estão:
1.Produtos lácteos e gorduras
- Evite: leite integral, coalhada gorda e queijos amarelos.
- Substitua por: leite desnatado, iogurtes com baixo teor de gordura e queijos magros.
2.Carnes e embutidos
- Evite: toucinho, bacon, salames, linguiça, presunto e carne de porco.
- Prefira: carnes magras, como frango e peixes.
3.Alimentos processados e miúdos
- Evite: miúdos (miolo, rim, coração e fígado), bem como embutidos.
- Opte por: fontes magras de proteína, como frango, peixe e ovos.
4.Gorduras e produtos de confeitaria
- Evite: margarina em excesso, cremes, bolos e biscoitos amanteigados.
- Escolha: óleos saudáveis, azeite e versões mais leves de produtos de confeitaria.
5.Doces
- Evite: amendoim, doces concentrados e chocolates.
- Troque por: nozes, frutas frescas e snacks saudáveis.
6.Molhos e condimentos industrializados
- Evite: molhos ricos em gorduras e maioneses industrializadas.
- Prepare: opções caseiras de molhos com ingredientes saudáveis.
Quais alimentos ajudam a baixar o colesterol alto?
Além de evitar certos produtos, incorporar alimentos nutritivos pode ser crucial para diminuir o colesterol alto. Conheça, a seguir, alguns alimentos que podem contribuir para esse objetivo:
- aveia e cereais integrais: ricos em fibras solúveis;
- frutas e vegetais: especialmente abacate, maçãs, uvas, citrinos e frutas vermelhas, que são ricas em polifenóis, uma substância conhecida por sua ação antioxidante;
- leguminosas: feijões, lentilhas e grão-de-bico são fontes de fibras solúveis;
- frutas secas e sementes: amêndoas, nozes, chia e linhaça são ricos em ácidos graxos ômega-3;
- peixes: salmão, sardinha, truta, atum, etc;
- óleos saudáveis: azeite de oliva, óleo de coco, entre outros;
- soja e derivados: tofu, leite de soja e o consumo de proteína de soja isolada (e não do grão integral);
- chá verde: rico em antioxidantes, ajuda a reduzir a oxidação das moléculas de gordura mais perigosa para o bloqueio das artérias, veias e vasos sanguíneos.
A inclusão consciente de alimentos que fazem bem à saúde e de novos hábitos de vida são um passo poderoso para controlar o colesterol alto.
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