Desafio: viciada em refrigerante fica 7 dias sem a bebida e conta o que mudou
Com que frequência você bebe refrigerante? No caso da cineasta Nathália Souza, de 26 anos, a resposta é “todos os dias”. “Na época de faculdade bebia de duas a três latinhas por dia, mas era mais pela facilidade em meio à correria mesmo. Já quanto eu chegava em casa tomava mais um copo. Aí já era vício mesmo”, conta.
Embora saiba que o hábito não é nada saudável, ainda assim nunca conseguiu se livrar dele. É bom lembrar que o refrigerante possui uma grande quantidade de açúcar e sódio, uma combinação perigosa, já que em excesso eles podem causar diabetes e problemas relacionados à pressão alta. “Os médicos sempre tentaram me fazer parar, e com os anos realmente reduzi a quantidade. Hoje, tomo muito menos que na época da faculdade, por exemplo, mas ainda assim é um hábito diário”, afirma.
E é justamente por ser algo difícil de largar que ela topou participar do nosso Desafio do Refrigerante, na qual ela teria que ficar uma semana sem tomar a bebida. Acha pouco? Para a Nathália é muito, já que seu recorde era de apenas três dias. Durante o desafio ela foi mantendo um diário contando como estava se virando sem o seu querido refri e as dificuldades em superar o vício. Descubra como ela se saiu e o que aprendeu no fim desses sete dias!
Dia 1 (segunda-feira)
“Diário do refrigerante:
Chegou a hora do lanche e a situação já está bem crítica. Eu sempre bebo refrigerante à noite, sempre. Já estou aqui agoniada olhando pra garrafa sabendo que eu não vou beber”.
Nathália tem o hábito de beber algum líquido durante as refeições, e por isso a falta do refrigerante foi sentida logo no primeiro dia. Ainda assim, ela encontrou um substituto muito mais saudável: o suco de laranja. Mais confiante por não ter se deixado sucumbir, ela se anima: “Vamos ver se agora eu bato o recorde!”, diz, rindo.
Dia 2 (terça-feira)
“Diário do refrigerante:
Hoje a sede pro refrigerante está bem menor que ontem (ontem foi bem complicado). E eu estou preferindo comer coisas que não pedem refri, comidas mais leves e menos gordurosas. Hoje por exemplo vai ser aipim na manteiga com suco de abacaxi (de caixinha)”.
Embora já tenha tentado parar de beber refrigerante outras vezes, essa foi a primeira vez que ela realmente associou o consumo de determinados alimentos com a vontade de tomá-lo. De uma forma geral, são as comidas mais gordurosas que fazem ela sentir a necessidade de ter esse tipo de bebida como acompanhamento. “Se eu comer hambúrguer ferrou, vou beber refri com certeza! Por isso, já até planejei a besteira do final de semana: esfiha caseira, que super combina com suco”, conta.
Dia 3 (quarta-feira)
“Diário do refrigerante:
Eu ia sair pra comer e acabei comendo hambúrguer de rua com suco de morango. Até que foi bem tranquilo, achava que ia ser muito pior. Geralmente no 3º dia eu já tô com um humor péssimo, dessa vez ainda não”.
Pois é, embora estivesse preparada para o recorrente mau humor causado pela ausência do refrigerante, dessa vez ele simplesmente não veio, o que a surpreendeu. “Se for para acontecer eu aposto no sábado. Isso porque eu tenho curso o dia todo, chego em casa sempre cansada e com dor de cabeça. Acho que vai ser o dia mais tenso”, afirma.
Dia 4 (quinta-feira)
“Diário do refrigerante:
Comi um brownie agora e me arrependi. Sempre que como brownie bebo refrigerante, e agora não bebi e parece que está faltando alguma coisa! Tô ansiosa pra essa semana acabar”.
Nesse dia, Nathália já tinha se programado para ir a um fast-food e tomar suco, mas não esperava que a vontade fosse surgir tão forte com um simples brownie. “Eu só percebi quando já tava na metade e pensei: vou beber… VISH não vou beber nada!”, lembra.
Mas algo que ela destacou como positivo foi que recebeu, como sempre, um forte apoio da família e do namorado, Caio, que não tem o hábito de beber refrigerante – embora tenha passado a comprá-lo com alguma frequência para que a namorada pudesse tomá-lo quando fosse fazer uma visita. “O sonho da minha mãe (que é formada em Educação Física) é me ver parar de beber refrigerante. Ela já parou faz tempo. Já meu meu irmão bebe tanto quanto, mas ele propôs de, depois que o desafio acabar, a gente passe a beber menos refrigerante, tipo dia sim dia não”, conta.
Dia 5 (sexta-feira)
“Diário do refrigerante:
Foi bem tranquilo, fui pra casa do Caio, que não tem refrigerante. Então foi automático, tomei um suco de laranja e comi tapioca. Não senti falta do refri”.
A ausência do refrigerante de fato a ajudou a superar a vontade, ainda mais porque em um dos dias ela foi cheirar um refrigerante para ver se ele não tinha passado da validade e sentiu uma vontade quase irresistível de tomá-lo. Ainda assim, não bebeu e seguiu em frente.
Dia 6 (sábado)
“Diário do refrigerante:
Achava que hoje ia ser bem mais difícil, mas foi bem tranquilo. Tomei um suquinho de abacaxi (de caixinha) e estou bem. Sem mau humor e nem arrependida de não ter bebido refri. Eu realmente estou surpresa comigo mesma”.
Lembra que ela achava que sábado seria o pior dia? Por azar, justamente nesse dia algumas garotas da sua turma do curso resolveram levar lanche, o que incluía um refrigerante de 2 litros. Tentador? Talvez, mas embora as jovens tenham oferecido Nathália recusou educadamente.
Dia 7 (domingo)
“Diário do refrigerante:
Hoje foi o dia mais tentador, comi coisa gostosa o dia inteiro e nada de refri. Até hambúrguer artesanal bebi com suco”.
Por ser Dia das Mães, o almoço prometia ser mais do que especial, e por isso refrigerante na mesa não poderia faltar. O problema é que o café da manhã na família da Nathália só acabou às 13h! Por isso, quando todos foram almoçar já era tarde e ela estava na casa do namorado, sã e salva do refrigerante no último dia do desafio.
Fim do desafio
No 8º dia, Nathália não percebeu que o desafio tinha chegado ao fim, acreditando que apenas no dia seguinte estaria liberada para tomar refrigerante. Sentiu um certo alívio ao dar-se conta que tinha conseguido ficar uma semana inteira sem tomar uma gota da bebida sequer e chegou a topar alongá-lo por 10 dias. O problema é que na parte da noite teve um evento de aniversário que não estava previsto e acabou indo para um rodízio de pizzas. Por saber que o desafio já estava completo, acabou cedendo e tomou refrigerante. Mas se engana quem pensa que essa semana não mudou a sua visão sobre a bebida.
“O primeiro gole foi longo, mas depois eu fui só bicando mesmo. Também achei que ia chegar em casa e beber mais, mas nem fiquei com vontade. Agora só vou beber refrigerante nos finais de semana ou quando tiver eventos para ir, como aniversários”, revela.
E não é só! Ao ter percebido que determinados alimentos a fazem ter vontade de tomar refrigerante, Nathália também pretende melhorar o seu cardápio diário, investindo mais em refeições mais saudáveis. Além disso, a mudança na alimentação vai trazer benefícios específicos para a sua saúde.
“Tem algumas comidas que, como eu tenho problema no estômago, não posso ficar misturando. Por exemplo, queijo cheddar eu não posso misturar com suco. Então se eu for beber suco eu prefiro não comer o hambúrguer que tem esse queijo. Essa semana eu até misturei o ingrediente com a bebida, mas fiquei bastante enjoada. Por isso eu acho que vai mudar muita coisa, vou preferir comer outras comidas”, finaliza.
Se reconheceu na história da Nathália? Então que tal se desafiar a ficar uma semana sem o refrigerante? Aproveite para começar a preparar comidas mais nutritivas e entre de vez na vida saudável. E não se esqueça dos exercícios físicos, hein? A própria cineasta não abre mão dos dela!