Intoxicação alimentar: veja os principais sintomas e como evitar
A intoxicação alimentar, também conhecida como gastrintestinal, é um problema de saúde acarretado pelo consumo de alimentos ou bebidas contaminados. Os seus principais sintomas são náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. Ela afeta, de forma mais severa, as crianças e os idosos – e, por isso, precisam de uma atenção especial.
Mas você sabia que tudo isso é possível evitar, através de uma introdução de hábitos simples e saudáveis em seu dia a dia? Acompanhe o texto e entenda o que é e como fazer para não ter uma intoxicação alimentar.
O que é intoxicação alimentar?
A intoxicação alimentar é um problema de saúde desencadeado pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por bactérias (Salmonella), vírus (Rotavírus), parasitas (Giardia) ou até mesmo produtos químicos (Pesticidas).
Em crianças e idosos, a doença se apresenta de forma mais grave. Por isso, a qualquer sinal do problema, é importante procurar ajuda médica para se avaliar o quadro e indicar o melhor tratamento – que pode ser feito com analgésicos e até antibióticos.
Quais são os sintomas de intoxicação alimentar?
Os sintomas de intoxicação alimentar podem durar de um a 10 dias e variam conforme a gravidade em que a doença se manifesta. Portanto, a depender da situação, a pessoa contaminada pode apresentar:
- náuseas;
- vômitos;
- diarreia;
- dor de cabeça;
- dor abdominal;
- cólica;
- mal-estar em todo corpo;
- desidratação;
- perda de peso;
- falta de apetite;
- cansaço;
- fraqueza;
- alteração da visão;
- olhos inchados;
- queda de pressão.
O que causa intoxicação alimentar?
A intoxicação alimentar é causada pelo consumo de alimentos ou bebidas contaminados. A depender da situação, a pessoa que sofre uma intoxicação pode apresentar uma dor de barriga, como também pode ir a óbito.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2007 e 2020, foram notificadas mais de 150 mil pessoas com intoxicação alimentar. Entre elas, mais de 20 mil foram hospitalizadas e mais de 150 morreram.
A seguir, conheça as principais responsáveis pela contaminação dos produtos alimentícios:
1. Bactérias
Presente em alimentos, como ovos, carnes e leites, a bactéria Salmonella é uma das principais responsáveis pela intoxicação alimentar bacteriana. Outra bactéria comum é a Escherichia coli – ou E-coli. Ela fica alojada no intestino de alguns animais, e a infecção ocorre quando a pessoa consome alimentos contaminados pelo resíduo fecal dessa bactéria.
Além delas, a Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum, Listeria, Campylobacter e Vibrio também são frequentemente responsáveis por causar intoxicação. De modo geral, as principais fontes de transmissão são:
- carne de boi;
- carne de porco;
- água não filtrada;
- leite não pasteurizado.
Por isso, é importante sempre consumir carnes bem passada, beber água filtrada e só tomar leite pasteurizado.
2. Vírus
Rotavírus, norovírus e hepatite A, astrovírus e sapovirus são alguns dos exemplos que acarretam a doença. Entre as principais origens de transmissão, temos:
- água não filtrada;
- manipulação incorreta dos alimentos (sem os devidos cuidados de higiene, como não lavar as mãos antes de fazer a comida etc.).
3. Parasitas
Giardia, Cryptosporidium, Diphyllobothrium latum, Toxoplasmose e Taenia Solium são alguns dos responsáveis pela intoxicação alimentar. Entre os transmissores, temos:
- água contaminada;
- frutas e vegetais mal lavados;
- higiene pessoal inadequada;
- consumo de peixes, moluscos e outros frutos do mar crus ou mal cozidos.
4. Produtos químicos
Geralmente, a intoxicação alimentar causada pelos produtos químicos tóxicos acontece por meio da contaminação direta ou indireta dos alimentos. Aqui, o que pode ocasionar problema são:
- aditivos alimentares;
- metais pesados;
- produtos de limpeza;
- pesticidas;
- toxinas de peixes.
O que é bom para tratar a intoxicação alimentar?
Se os sintomas se apresentam de forma leve, é possível realizar o tratamento em casa, adotando algumas medidas, como:
- alimentação leve (com menos gordura e menos alimentos ácidos e cítricos);
- ingestão de muita água, sucos, água de coco e soro caseiro;
- consumo de alimentos e bebidas probióticos (como leites, iogurtes e kombuchá);
- muito repouso.
Mas, caso o problema seja agravado e os sinais de desidratação comecem a aparecer, o ideal é ir logo para o hospital. Assim, o médico poderá avaliar o quadro, realizar exames clínicos (como de sangue e de fezes), dar soro e indicar o melhor tratamento, com uso de medicamentos específicos para os sintomas que se apresentam naquele momento.
O que fazer para não ter intoxicação alimentar?
Agora que você já conhece o que é a intoxicação alimentar, suas fontes de transmissão e todo mal que o problema causa no organismo, chegou a hora de aprender a como evitar a doença. Confira a seguir algumas dicas valiosas:
- lave bem as mãos ao sair do banheiro, após utilizar o transporte público, depois de pegar em animal, antes de fazer a comida e ao se alimentar;
- lave a superfície e utensílios com água quente e sabão antes de preparar os alimentos;
- evite a ingestão de alimentos crus, principalmente ovos, frutos do mar e carne moída;
- beba água filtrada ou mineral;
- refrigere os alimentos devidamente embalados;
- higienize bem frutas e verduras (isso pode ser feito com uma colher de água sanitária para cada litro de água);
- observe atentamente as embalagens dos alimentos – caso estejam amassadas ou danificadas, não compre;
- beba somente leites fervidos ou pasteurizados;
- mesmo na data de validade, não consuma alimentos que apresentem cor e cheiro diferentes do habitual;
- mantenha a tampa do lixo sempre fechada;
- mantenha você e as crianças vacinadas (principalmente contra o rotavírus).
Por último, consuma alimentos saudáveis. Afinal, a boa alimentação, por meio de produtos confiáveis e de qualidade, proporciona não só o aumento da imunidade, como também evita que ocorra uma intoxicação alimentar.
Ao longo do texto, vimos o quanto essa doença pode ser perigosa, caso os cuidados necessários não sejam tomados. Não é isso que nós queremos, não é mesmo?! Então, vamos seguir as dicas e se cuidar para ter muita saúde!