Pré-diabetes tem como reverter? Aprenda a tratá-la da forma adequada
Para muitas pessoas, receber o diagnóstico de diabetes é sinônimo de restrições alimentares e complicações de saúde a longo prazo. Basta receber a notícia para começar a pensar em uma alimentação sem açúcar, doces, chocolates e outras guloseimas. Mas e quando ainda é possível reverter o quadro da doença? Para quem não sabe, o estado de pré-diabetes é justamente o momento em que o índice glicêmico (isto é, o nível de açúcar no sangue) está mais elevado que o normal, mas não está alto o suficiente para impedir a produção de insulina e desenvolver a doença.
Seja por questões alimentares ou hereditárias, a pré-diabetes tem cura e pode ser revertida se for tratada da maneira adequada. Para entender melhor sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Liliam Teixeira.
Afinal, o que é pré-diabetes?
De acordo com a especialista, a pré-diabetes é diagnosticada quando o paciente tem potencial para desenvolver a doença, mas ainda é capaz de conseguir reverter o quadro clínico.
“O estado de pré-diabetes é quando a glicose geralmente está normal ou ligeiramente aumentada, mas a produção de insulina começa a ficar excessiva. Muitas vezes o diagnóstico demora a acontecer, pois é comum não aparecerem sintomas nessa fase inicial e somente quando dosamos a quantidade de insulina em um exame de sangue é que descobrimos a alteração. Ela começa a ocorrer pela má alimentação – com baixa ingestão de fibras e excesso de ingestão de gorduras saturadas e açúcares – o que ocasiona um ganho de peso”, afirma.
Tratamentos para pré-diabetes envolvem adequação alimentar e práticas de exercícios
Para diminuir as taxas de açúcar no sangue, a dieta para pré-diabetes deve ser baseada em uma alimentação com fibras, frutas, legumes, verduras e uma grande variedade de oleaginosas.
“A melhor forma de reverter esse quadro é iniciar um planejamento alimentar individualizado para cada paciente, focando na quantidade dos alimentos – principalmente na quantidade de carboidrato ingerida – e nas guloseimas cheias de açúcar que podem estar sendo ingeridas. Outro ponto que também acaba atrapalhando o tratamento é a ingestão de bebidas alcoólicas e o cigarro. Precisamos melhorar a ingestão de água durante o dia, excluir totalmente o açúcar refinado (presente em doces, refrigerantes, sucos industrializados), aumentar a ingestão de fibras, adequar a quantidade diária de frutas/legumes/verduras e ingerir frutas oleaginosas (como nozes, castanhas, amêndoas)”, explica Liliam Teixeira.
Ainda de acordo com a nutricionista, “o tratamento se inicia com uma adequação alimentar associada à prática de atividade física e melhora do sono. Em alguns casos pode ser necessário a introdução de medicamento (mas sempre prescrito por um endocrinologista)”.
É importante também prestar atenção nas embalagens dos alimentos e evitar consumir produtos que contenham carboidratos de rápida absorção. “Muitas vezes nós compramos um produto industrializado que pode vir com açúcar embutido. Portanto, comece a ler o rótulo, cheque a lista de ingredientes, e veja se ali tem nomes como maltodextrina, dextrose… Esses são tipos de açúcares também. O ideal é procurar um nutricionista e associar a alimentação específica para o seu tratamento. Quanto antes iniciar, melhor para reverter esse quadro”, complementa a especialista.
Vale ressaltar que atualmente é possível viver bem com diabetes, basta readaptar a alimentação diária para um cardápio equilibrado, saudável e associado à prática regular de exercícios!