Alimentação e autismo: Bons hábitos alimentares ajudam no tratamento! Veja como
Você sabia que a alimentação também está diretamente ligada ao tratamento de autismo? Sim, a ciência nutricional (nutrigenômica) comprova, cada vez mais, a eficácia de bons hábitos alimentares no desenvolvimento cerebral, equilibrando as funções neurológicas, que acentuam esse transtorno. Veja como alguns nutrientes agem diretamente no problema, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.
O autismo, em seus mais diferentes estágios, atinge cerca de 500 mil pessoas no Brasil. Considerado um desequilíbrio neurológico, ele gera uma desordem nas atividades cerebrais que afetam na interação e na comunicação social. Ainda não há um fator comprovado de sua causa, mas leva-se em consideração desde a genética e o ambiente de criação, à poluição do ar, complicações na gravidez e infecções causadas por vírus. Mas, como a alimentação pode ajudar no autismo? Segundo a nutricionista Laura Uzunian, os cuidados com a ingestão de nutrientes para os pacientes autistas é fundamental, uma vez que, dada tal importância, certos ajustes alimentares favorecerão os comportamentos e a sociabilidade do indivíduo, prevenindo e ou amenizando as crises:
“A alimentação equilibrada e adequada para autistas pode proporcionar melhora da interação do paciente com os familiares e amigos; melhora do foco, concentração e atenção; melhora da comunicação e maior contato visual; controle de crises de raiva e reações de pânico a lugares desconhecidos; incremento da linguagem oral e função intelectual”, destaca a especialista, ressaltando que a alimentação dos autistas, no entanto, devem ser determinadas individualmente, já que é de extrema relevância a individualidade bioquímica do paciente. Ela analisa os nutrientes mais importantes para esse processo:
“Diversos nutrientes são necessários para compor a alimentação saudável do paciente, dentre eles, podemos destacar as vitaminas do complexo B, a N-Acetilcisteína (NAC), a coenzima Q10, a vitamina D, o selênio, cálcio, zinco e magnésio, além do ômega 3”, completa a especialista.
A importância de restringir alguns alimentos para autistas
A instabilidade da flora intestinal, também chamada de disbiose, dificulta o processo de digestão, uma vez que as proteínas do glúten como o trigo, centeio e cevada, por exemplo, quando chegam a corrente sanguínea, afetam os sistemas de neurotransmissores que agem diretamente no comportamento do indivíduo. Sendo assim, devem ser evitados o consumo de alimentos industrializados que aumentam as toxidades no organismo, leite e seus derivados e aditivos como corantes que são associados à alterações do comportamento e a hiperatividade. A Dra. Laura salienta a importância de seguir um cardápio saudável e, principalmente, equilibrado no dia a dia:
“Com a alimentação equilibrada, nota-se diminuição de sintomas gastrointestinais como gases em excesso, estufamento abdominal, cólicas intestinais e regularização do funcionamento intestinal”, finaliza a nutricionista.
*A nutricionista Laura Uzunian (CRN 21506) é especialista em Nutrição Clínica Funcional e Fisiologia do Exercício. Além disso, é Mestre em Educação e Saúde na Infância e Adolescência.