Aproveite o sabor dos queijos para uma dieta saudável
Sua elaboração é uma arte (comparada até com as fabricações de vinhos); seus sabores, aromas e texturas, inconfundíveis… Além disso, ainda por cima, é um dos alimentos mais ricos, leves e gostosos para serem inseridos à alimentação saudável! De quem estamos falando? Do queijo, é claro! Fonte dos mais diversos nutrientes, a tradicional iguaria é presença quase obrigatória em dietas para o dia a dia.
Apesar de possuir uma infinidade de tipos, estilos e variações, o queijo, em regra, é feito da mesma matéria-prima: o leite animal (vaca, ovelha ou cabra). Como é necessária uma grande quantidade do leite para sua produção (cerca de 10 litros para produzir 1 kg), ele guarda em sua composição um farto arsenal de nutrientes fundamentais ao organismo. Por isso, o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda a ingestão de 3 porções diárias de leite e seus derivados, para uma alimentação saudável e equilibrada. A nutricionista Fábia Massarani enfatiza a importância dessa iguaria à saúde.
“De maneira geral, os queijos são boas fontes principalmente de proteínas e minerais importantes como o cálcio, que é fundamental para fortalecer a estrutura óssea do corpo, evitando, por exemplo, a osteoporose. Também são fontes ricas de vitaminas A e do complexo B”, comentou a nutricionista, avaliando os melhores tipos do alimento para as dietas. “Dê preferência aos queijos brancos, como ricota, queijo minas e cottage. Eles são mais leves e menos gordurosos. Os queijos amarelados, embora também tenham nutrientes, como o cálcio (o parmesão, por exemplo, é uma excelente fonte), adicionam muita gordura ao cardápio, por isso devem ser evitados ao consumo diário”, destacou.
Sem hora – Um dos diferenciais dos queijos, principalmente os brancos, é a sua flexibilidade alimentar. O alimento, de acordo com Fábia Massarani, pode ser consumido a qualquer hora, em qualquer refeição, desde que não seja em grande quantidade. “Essa é a maior vantagem do queijo como aliado no plano alimentar: não tem restrição de horário e nem de tipo de refeição – cai bem em preparações desde o café da manhã e lanches até almoço e jantar, constituindo também uma boa ceia para uma noite tranquila de sono. Porém, devemos sempre estar atentos à quantidade ingerida, pois, além de o excesso alimentar nunca ser bom para a saúde, pode dificultar a absorção de nutrientes oriundos de outros alimentos e fornecer sódio muitas vezes em alta quantidade, o que está relacionado com aumento da pressão arterial”, enfatizou.
Cuidados e Restrições – Contudo, não é porque o queijo tem tantas virtudes que não devemos tomar algumas precauções. A maneira de usar e armazenar, além de pessoas com restrições alimentícias ou intolerantes à lactose, devem seguir orientações básicas. “As orientações dos rótulos/embalagens devem sempre ser seguidas, pois cada tipo de queijo merece um cuidado especial. Em geral, devemos ficar atentos, por exemplo, à refrigeração. Para evitar que o queijo fique seco e duro, o cubra com uma película; nunca deixe o queijo livre/solto na geladeira, sem estar com uma proteção ou em um pote; não coloque queijos diferentes em um mesmo recipiente, cada um tem um tempo e uma validade, e fazendo isso um pode comprometer o outro; limpe sempre a faca quando for cortar outro tipo de queijo diferente depois; uma vez refrigerado, evite ao máximo expor o queijo à temperatura ambiente (por exemplo, deixar em cima da mesa para petiscar, e depois voltar para a refrigeração)”, explicou a nutricionista.
Para os intolerantes à lactose ou àqueles que não usam nada de origem animal na alimentações, Fábia Massarani apresenta algumas alternativas para manter o mesmo padrão nutritivo do queijo às dietas. “Para os intolerantes à lactose, hoje em dia existem algumas versões de queijos lacfree. Quanto à proteína, a do queijo é mais fácil de ser digerida do que a proteína do leite, uma vez que uma etapa da digestão já é feita no processo de coagulação do mesmo. Mas, na maioria dos casos, costumo indicar o alimento através de outra origem: queijos caseiros feitos com oleaginosas, que não devem nada em sabor e qualidade nutricional, e ainda agradam a veganos”, finalizou.