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Alimentos vivos: Conheça uma dieta a base de comida não cozida
Guia Culinário 09/02/2015

Alimentos vivos: Conheça uma dieta a base de comida não cozida

A célebre frase que tantas vezes ouvimos na vida – principalmente de nossas mães – de que “apressado como cru”, pode, enfim, ganhar uma conotação positiva, através de nossa incessante busca por uma alimentação saudável. A “dieta viva”, denominada oficialmente “crudivorismo”, entrou em pauta no cardápio de regime de diversas pessoas que desejam incrementar sabores e benefícios gastronômicos além dos fornos e fogões.

Criado nos EUA na década de 80, o crudivorismo passou por fases de desconfiança até entrar de vez em dietas nutricionais pelo mundo. Com a premissa de consumo dos alimentos na fonte, em sua forma genuína, a alimentação é baseada em alimentos crus, frutas frescas ou desidratadas, vegetais, sementes, grãos germinados ou brotos como trigo, arroz, cevada, centeio, aveia, lentilha, grão-de-bico, ervilha, alfafa e algas, apesar de tolerar iguarias de origem animal, como mel, lacticínios e até peixes, desde que não sejam preparados ao fogo, pois, a partir de 40º C, as comidas perdem grande quantidades de seus nutrientes.

Pela visão científica, a dieta crudivorista é benéfica, pois trata de uma “alimentação enzimática”. Os alimentos crus são ricos em enzimas, que levam os nutrientes às células do organismo. Segundo a teoria crudívora, ao cozermos os alimentos, essas enzimas são destruídas, enquanto, se os comermos crus, haverá uma melhor digestão, não sobrecarregando as reservas do corpo. Primeiro pesquisador a estudar a importância das enzimas na alimentação, Dr. Edward Howell, já destacava o crudivorismo. “A falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das maiores razões do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa subjacente da maior parte das doenças”.

Emagrecer saudável e com prazer!

Optar por essa dieta, explica a nutricionista Juliana Rocha, não significa abdicar do prazer de comer. Mesmo que a pessoa coma bastante, inclusive alimentos calóricos como oleaginosas, azeites e óleos essenciais, o emagrecimento ocorre. “Primeiro por desintoxicar o corpo e, depois, por ocorrer uma restrição calórica natural. É uma alimentação tão rica em nutrientes, que o corpo passa a se regular de forma única e acabamos comendo menos. Ficamos satisfeitos de uma forma realmente intrigante”, destacou a nutricionista, apresentando alguns alimentos e equipamentos indispensáveis para o crudivorismo.

“Alimentos orgânicos, superalimentos como maçã andina, spirulina havaiana, chlorella, pólen, óleo de coco, goji berries, cacau orgânico, entre outros. Mas, o principal mesmo, são os itens de cozinha: liquidificador de alta potência, processador, coadores de tecido, faca de chef, desidratador”, disse a nutricionista.

Veja um cardápio crudivorista:

Principais frutas – Limão, maçãs, laranjas, abacates, bananas e coco verde.

Vegetais – Couve, espinafre, alface, pepinos, salsão, salsa, abobrinha, cebola, tomate e pimentões.

Ervas – Menta, manjericão, alecrim, orégano.

Oleaginosas – Nozes, castanha do pará, amêndoa, macadâmia, semente de abóbora, girassol, linhaça e chia. (Recomenda-se deixar todas de molho por 4 horas e depois desidratar por mais 8 horas para eliminar fungos e fatores antinutricionais).

Grãos – Sarraceno, trigo comum, lentilha, grão-de-bico.

Manteigas vegetais – Manteigas de gergelim, amêndoa, e castanhas.

Óleos – Azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de coco extravirgem, óleo de gergelim não torrado

Sais – Sal rosa do Himalaia e sal celta.

Condimentos – Vinagre balsâmico, vinagre de maçã, shoyo, misso.

Temperos – Curry, cúrcuma, açafrão, gengibre, pimenta, alho em pó, noz-moscada, gengibre seco

Frutas secas – Ameixas, damascos e tâmaras

Adoçantes naturais – Agave, stevia