Micro-ondas: verdades e mitos sobre cozinhar com o aparelho
Aparelho presente em praticamente todas as cozinhas, o forno de micro-ondas construiu uma fama ruim e, talvez, precipitada de “destruir” os nutrientes de cada grupo alimentar das comidas durante seu aquecimento. Será que isso é verdade? Diariamente diversas informações diferentes chegam às pessoas, ficando difícil distinguir o que é mito e o que é verdade sobre o uso desse eletrodoméstico. Por isso, o “Conquiste sua Vida” apresenta as melhores opções de preparo desses alimentos, sem perder os aspectos saudáveis.
De uma coisa não há dúvida, a praticidade desse equipamento é incomparável, seja para esquentar alimentos instantâneos, descongelar carne para pratos mais complexos ou estourar um simples pacote de pipoca sem gordura. Segundo a nutricionista Denise Cussioli, o cozimento do alimento resulta na decomposição molecular das vitaminas. Quanto maior o tempo de cozimento, maior será a perda, contudo não é o suficiente para deixarmos de utilizar o equipamento. “Qualquer alimento que receba fortes quantidades de calor indiferente do meio de condução – cocção em panelas, forno elétrico, churrasqueira – tem sua composição química alterada com o tempo, o que contribui para a perda de nutrientes” explica.
Mas se todos os modos de cozimento contribuem para a perda de parte de nutrientes, o que se deve fazer? A perda, na verdade, depende de diversos fatores como: quantidade de calor aplicada, quantidade de água, o tempo de cozimento e, é claro, a quantidades de nutrientes que o alimento tem. O processo de cocção do micro-ondas, por cozer rapidamente com menor quantidade de água, há uma perda menor de nutrientes, vitaminas e minerais. “Se a temperatura do aparelho ultrapassar a temperatura de ebulição, o calor degrada as vitaminas principalmente à vitamina do complexo B12, -cobalamina-presente na carne, leite, para uma forma inativa”, destaca a profissional.
Colocar uma tampa sobre o alimento, tanto no forno de micro-ondas quanto em outro tipo de processo de cocção, ajuda a reter a umidade do alimento. Isso favorece a cozinhar a comida de dentro para fora, o que preserva os nutrientes como vitaminas e minerais. É importante ressaltar que nesse eletrodoméstico, a potência deve ser mantida baixa, garantindo que o alimento seja cozido rapidamente mas sem que fique superaquecido. O importante a lembrar é que quanto maior o tempo de exposição maior a perda dos nutrientes.
Razões para usarmos o micro-ondas
– Prático, apropriado para a vida corrida das grandes cidades;
– Rápido, pois não necessita de preaquecimento;
– Fácil limpeza;
– Utiliza menos louça, pois o mesmo recipiente utilizado pode ser levado à mesa; ocupa menos espaço na cozinha;
– Os micro-ondas, quando utilizado corretamente, não alteram os nutrientes dos alimentos (vitaminas e minerais), pois quase não exigem água no cozimento.
Alimentos que não devem ir no micro-ondas
Alimentos que contém pele, casca ou membrana, como batatas, tomates, salsichas. Esses alimentos podem explodir ao serem aquecidos. Mas a nutricionista deu uma dica importante para evitar esse problema: “Esses alimentos devem ser furados com um garfo ou um palito para permitir a saída dos vapores”.
Grandes pedaços de carne não são ideais esquentar, neste caso o calor pode não ser capaz de penetrar em todo o interior do alimento, deixando áreas frias ou cruas, correndo o risco de crescimento bacteriano.
Cuidado com os utensílios!
Na hora de colocar um alimento no micro-ondas, é preciso tomar cuidado com o material do utensílio a ser usado. A louça, o vidro e a cerâmica, por exemplo, podem ser utilizados sem risco de que haja contaminação na comida. Porém, como são materiais de fácil aquecimento, as altas temperaturas podem tornar arriscadas o manuseio, levando até a quebra dos mesmos. Já os metais em alta potência ou que estejam há muito tempo dentro do forno podem produzir faíscas. “Há os plásticos específicos designados com um símbolo composto por três ondas, uma acima da outra que são recomendados para este fim, pois suportam a radiação emitida, qualquer outro plástico não pode ser utilizado, pois o aquecimento pode liberar substâncias que compõe a embalagem e que em altas doses é considerada tóxica”, explica Denise.