Pirâmide alimentar infantil é igual a de adulto? Veja as porções para cada idade
Quando falamos na alimentação de crianças o cuidado deve ser redobrado, já que uma falta de nutrientes nessa fase da vida pode acarretar em problemas sérios no futuro. Por isso, é importante dar prioridade a alguns tipos de pratos em detrimento de outros, para que elas tenham uma dieta variada e muito saudável. Uma boa ideia é optar pela pirâmide alimentar infantil, que embora siga uma ideia bem parecida com a dos adultos ainda assim possui algumas características próprias.
O que é a pirâmide alimentar?
Em primeiro lugar é importante explicar o conceito da pirâmide alimentar. Criada pelo Ministério da Saúde em 1999, a ideia é que qualquer um possa ter um guia de como ter uma dieta balanceada sem precisar fazer muito esforço. Para isso é preciso realmente pensar na ideia de pirâmide, na qual a base é maior que o topo. Isto é, alguns alimentos devem ser consumidos em grande quantidade, enquanto outros precisam ficar restritos a pequenas porções.
Ao todo são 4 grupos alimentares, embora a maior parte deles contenha mais de um subgrupo. Por exemplo, na base temos cereais, pães, tubérculos e raízes. Já o nível 2 é dividido em duas partes: uma apenas com verduras e legumes e outra com frutas. O nível seguinte dessa pirâmide é dividido em três. Primeiro temos leites, queijos e iogurtes, depois carnes e ovos e então feijões. Por fim temos o topo, ou nível 4, que é dividido em duas partes: óleos e gorduras boas e açúcar e doces. Afinal, não há problema nenhum em deixar a criança comer essas “besteiras”, desde que seu consumo seja controlado. Vale acrescentar que fora da pirâmide temos a água, que pode ser consumida em boas quantidades, embora o número de copos também varie de acordo com a idade.
Pirâmide alimentar infantil se difere pelas porções
A pirâmide alimentar infantil pode até não ser igual à dos adultos, mas sua principal diferença está na quantidade. Afinal, não podemos cobrar que uma criança de 8 anos se alimente da mesma forma que seus pais, provavelmente décadas mais velhos. Por isso, o Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um gráfico explicando como essa pirâmide deve ser montada para os pequenos. Para fazer o cálculo foi levado em consideração o número recomendado de porções diárias de acordo com cada faixa etária da criança.
Para bebês de 6 a 11 meses o leite materno ainda é essencial
Essa fase de 6 a 11 meses pode ser complicada para muitos pais, já que a criança começa a consumir seus primeiros alimentos sólidos. Aqui, açúcar e doces são proibidos, e em relação à parte de laticínios o bebê deve ficar apenas com o leite materno. Caso não seja possível, é preciso que o pequeno tome um leite feito com base em uma fórmula específica para a sua idade. Aqui são indicadas três porções dos grupos alimentares 1 e 2. Já no 3 há uma divisão, pois são recomendadas duas porções de carnes e ovos e apenas uma de feijões. Já óleos e gorduras boas ficam com duas porções.
Entre 1 e 3 anos de idade as frutas passam a ser muito importantes
Aqui todos os níveis são permitidos, mas sua quantidade varia de acordo com cada subgrupo da pirâmide. O nível 1 passa a ganhar destaque, sendo permitidas cinco porções por dia. Logo depois temos as frutas, com quatro porções, seguida das verduras e legumes, com três. Já no nível 3 a quantidade vai reduzindo. Os subgrupos laticínios, carnes e ovos e feijões devem ser consumidos, respectivamente, em três, duas e uma porções. Por fim, óleos e gorduras continuam aparecendo em duas porções diárias e açúcares e doces passam a ser consumidos, mas tanto quanto os feijões.
Crianças em idade pré-escolar e escolar consomem porções iguais
Nos grupos de crianças com idade pré-escolar e escolar a quantidade de comida indicada é igual, e mudará apenas quando elas chegarem na adolescência. O nível 1 da pirâmide permanece com cinco porções, enquanto o 2 passa a ter três e o 4 apenas um. Em relação ao nível 3, a divisão é exatamente a mesma que foi realizada com as crianças com idade entre 1 e 3 anos.
Adolescentes comem tanto quanto os adultos
Ao chegarem na adolescência já é permitido comer tanto quanto um adulto. Afinal, aí se inicia uma intensa fase de crescimento, e por isso é preciso se alimentar de forma mais completa. A diferença aqui é que a quantidade de porções em geral não é fixa. No nível 1, por exemplo, ela fica entre cinco e nove, enquanto no 2 está entre quatro e cinco e no 4 de uma a duas. Em relação ao nível 3 cada subgrupo possui uma regra. Leites, queijos e iogurtes continuam com três porções diárias, enquanto carne e ovos ficam com uma ou duas. O que não muda mesmo é em relação aos feijões, que desde os 6 meses de idade até a velhice devem ser consumidos apenas uma vez ao dia.
Pequenos cuidados são essenciais para evitar a obesidade infantil
É importante lembrar que todas essas porções se tratam apenas de uma sugestão da Sociedade Brasileira de Pediatria, e é necessário levar a criança ao médico com frequência para que sua saúde seja acompanhada por um especialista. Nutricionistas também podem ser consultados, sendo de muita ajuda para quem não sabe como preparar pratos saudáveis para os filhos. De qualquer forma, pequenos cuidados são essenciais para evitar a obesidade infantil. Não deixe que a criança leve tudo o que quiser do mercado ou simplesmente aceite que ela não coma alimentos verdes porque os considera ruins mesmo sem tê-los provado. Coma pratos saudáveis com ela para dar exemplo e para que o paladar infantil se acostume com ingredientes mais naturais. Ou então os utilize no preparo de pratos mais elaborados, para que ela consuma todos os níveis da pirâmide sem criar problemas.