Problema renal? Veja bons alimentos para a saúde dos rins
Geralmente nós só notamos ou damos mais cuidado à saúde quando começam os primeiros sinais de problemas, não é mesmo? Esse é o grande erro que cometemos quando estamos em busca do bem-estar e da melhor qualidade de vida. É preciso entender que todos os nossos órgãos são importantíssimos para corpo e carecem de atenções especiais. Os rins, por exemplo, além de precisar de uma hidratação constante, necessita de alguns nutrientes, encontrados nos mais diversos alimentos, para o seu perfeito funcionamento.
Os rins funcionam como verdadeiros reguladores do organismo. Esses dois pequenos órgãos têm funções de filtragem, recebendo o sangue com elementos nocivos e o devolvendo limpo para o coração, mandando embora as toxinas pela urina. Ele ainda equilibra os sais do corpo e o pH do sangue, além de produzir hormônios.
Para manter o funcionamento equilibrado dos rins, todos sabemos que é necessário beber bastante água. Segundo o urologista Paulo Salustiano, a quantidade adequada é de pelo menos 2 litros, mas é preciso considerar fatores como: clima, se a pessoa pratica atividade física ou não e os seus hábitos alimentares (excesso de sal, proteína ou açúcar).
“Tem indivíduos que poderão ingerir até mais que o dobro da quantidade mínima indicada, outros terão que exercitar muito a disciplina para conseguir ingerir o mínimo”, coloca o especialista que salienta que o consumo de água em excesso também é prejudicial por causar um desequilíbrio eletrolítico no sangue:
“Pacientes cujos rins apresentem algum tipo de patologia devem ser orientados pelo médico para saber qual será a dieta e ingestão de líquidos apropriadas”, explica o profissional, ressaltando que um indicativo de que se está ingerindo pouca água é a cor da urina: quanto mais escura, maior é a carência de ingestão de água.
Hábitos alimentares: o que comer para preservar os rins?
De acordo com Paulo Salustiano é o excesso a maior causa do problemas renais. O sódio, presente no sal de cozinha, é a principal substância a ser evitada, assim como açúcar. Segundo as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira, o consumo diário de uma pessoa não pode extrapolar 5 gramas de sal, o que equivale a uma colher de chá rasa.
Para reduzir ao máximo o consumo de sal, evite alimentos industrializados – leia bem os rótulos antes de comprar – e evite acrescentar essa substância aos alimentos. Use todos os temperos naturais possíveis e tenha um prato saboroso e menos salgado com opções como: azeite, vinagre, alho, cebola, pimentão, suco de limão, ervas finas, tomilho, cebolinha, salsa, etc.
Sobre o consumo de proteínas animais ou vegetais, o urologista faz um alerta: “Proteína também deve ser consumida com moderação, nesse caso, principalmente para os praticantes de musculação que fazem uso de suplementos à base de proteína do soro do leite”.
Além da alimentação equilibrada e ingestão adequada de água, há um recurso para dar uma “forcinha extra” nos cuidados com os rins: a cranberry. O urologista explica:
“Há pesquisas embasadas que comprovam as propriedades benéficas dessa fruta no sentido de evitar infecções na árvore urinária e formação de cristais (pedras) nos rins. Trata-se de um alimento rico em flavonóides, que exercem ação anti-inflamatória. Há estudos que comprovam, ainda, que a cranberry é eficaz para impedir a proliferação de bactérias na bexiga, principalmente as que causam cistite”, finaliza.