A dieta Dukan funciona mesmo? Entenda mais sobre esse tipo de alimentação!
Com a promessa de emagrecimento rápido e um corpo escultural, a dieta Dukan se espalhou por todo o mundo, iniciando na Europa e, por consequência, acabou também virando mania no Brasil. Mas, será que esse novo plano alimentar realmente funciona? Conheça mais sobre esse tipo de alimentação e os cuidados que os adeptos devem ter no dia a dia!
A dieta Dukan foi criada pelo médico nutrólogo francês Pierre Dukan, com o intuito de ajudar as pessoas que desejam perder peso de forma rápida e eficiente. Dividida em quatro fases (ataque, cruzeiro, consolidação e estabilização) esse regime é restritivo e, de acordo com o avanço das etapas, vai diminuindo aos poucos a sua rigidez. A nutricionista Sheilla Basso explica cada etapa da alimentação. Confira!
4 etapas da dieta Dukan
– Fase de ataque: Na primeira fase, por exemplo, só pode comer proteína, sendo proibido carboidratos e doces. “Nós sabemos o quão importante são carboidratos são para a nossa saúde. Então, é complicado. Na fase de ataque, a alimentação é baseada apenas alimentos ricos em proteínas”, analisa a profissional.
– Fase de cruzeiro: Nessa fase começa a introdução de alguns legumes e verduras. “Os carboidratos ainda não são permitidos. Os legumes e as verduras devem ser consumidos crus ou cozidos em água e sal e o único doce permitido é a gelatina light”, explica a nutricionista
“Os únicos temperos da fase Cruzeiro devem ser o azeite, limão, ervas como a salsa e o alecrim, além do vinagre balsâmico. Nesta fase, deve-se intercalar um dia comendo só proteínas e outro dia, comendo proteína, verduras e legumes, até completar 7 dias”, completa.
– Fase de consolidação: Além das carnes, dos legumes e das verduras, também podem ser acrescidos mais alguns alimentos: “Comer duas porções de frutas por dia, duas fatias de pão de forma integral e uma porção de 40g de qualquer tipo de queijo. Nessa fase, também é permitido comer uma porção de carboidratos duas vezes por semana, como arroz integral, macarrão integral, e pode-se ter duas refeições completas livres, onde se pode comer qualquer alimento que já tenha sido permitido na dieta, juntamente com uma taça de vinho ou cerveja. Essa fase deve durar 10 dias para cada 1kg que o indivíduo queira perder”, ressalta a Dra. Sheila Basso.
– Fase de estabilização: Você pode repetir uma vez por semana a dieta da proteína, semelhante à fase de ataque: “Na fase de estabilização, pode-se fazer 20 minutos de atividade física por dia e ingerir 3 colheres de farelo de aveia por dia. Nesta dieta é preciso beber no mínimo o 2 litros de água por dia e os outros líquidos permitidos são chás, café sem açúcar ou adoçante e refrigerante zero com moderação”, explica a nutricionista.
Os cuidados com as fases da dieta Dukan
Segundo a nutricionista, a restrição de proteínas leva à perda de muscular e explica que a eficácia da perda de peso pode ser perigosa:
“Reduzir drasticamente os carboidratos, de fato, leva ao emagrecimento rápido, isso porque ao cortá-los o corpo fica sem sua principal fonte de energia. Então, o organismo utilizará o glicogênio, que é uma reserva de energia que nós temos. O grande consumo de proteínas fará com que o organismo busque energia no tecido adiposo, então ocorre a queima de gordura. Entretanto, ela pode prejudicar os rins, levar a fadiga e dores de cabeça, causar a perda de músculos, levar à hipoglicemia, descalcificação óssea, afetar o humor e aumentar o risco de câncer”, alerta Sheilla.
A reeducação alimentar pode ser o primeiro passo para ser saudável
Perder os indesejáveis quilinhos não é fácil para ninguém, por isso, a Dra. Sheilla Basso indica uma reeducação alimentar associada à uma atividade física regular:
“Dietas como a Dukan são muito restritivas, podendo causar mal-estar, além de ser uma perda de peso temporária porque quando se para a dieta, a facilidade para engordar tudo de novo é enorme. Normalmente, se engorda mais do que quando emagreceu. Além disso, ser pobre em carboidratos, a dieta pode causar tontura, fraquezas e outras complicações citadas”, explica a profissional.
*Sheila Basso (CRN 21.557) é especialista em nutrição clínica e em obesidade, emagrecimento e saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).