Alimentação infantil: Por que o bife de fígado é tão recomendado para crianças?
Um dos alimentos mais recomendados para a nutrição infantil é o bife de fígado. Mas, você já imaginou o motivo? Uma das carnes mais macias e dona de poderosos componentes, o seu consumo regular é associado a uma série de fatores importantes para o bom desenvolvimento do organismo das crianças. Descubram quais são esses benefícios e as razões de manter esse alimento no dia a dia dos pequenos.
De acordo com a nutricionista Cristiane Coronel, as vantagens do consumo de bife de fígado para crianças são diversas, principalmente por causa da grande quantidade de ferro e outros sais minerais que a carne possui em sua composição nutricional e que os pequenos têm mais dificuldades de absorver no organismo:
“O fígado é o alimento que mais possui variedade e concentração de nutrientes por grama de alimento. E o organismo infantil, por natureza, possui uma absorção reduzida de ferro. Por esse motivo, a introdução de alimentos mais concentrado neste mineral, devem ser oferecidos nas refeições principais, almoço e jantar, para que se otimize essa absorção”, explica a profissional que destaca outros benefícios do bife de fígado. Confira:
6 benefícios do bife de fígado para alimentação infantil
1 – É a maior fonte de vitamina A da natureza: Um dos nutrientes essenciais para nosso bem-estar, a vitamina A pode ser encontrada em alta quantidade no bife de fígado, por isso o seu consumo atua no fortalecimento da imunidade das crianças, combate a anemia, favorece o crescimento e bom desenvolvimento do corpo.
2 – Excelente fonte de proteínas de alta qualidade: Essas substâncias garantem o fornecimento de energia para os pequenos, além de ser o principal componente construtor dos tecidos estruturais, como a pele, por exemplo. As proteínas também são responsáveis pela formação de anticorpos, contribuindo com a imunidade e no combate às doenças.
3 – Todas as vitaminas do complexo B estão em abundância: O grupo do complexo B possui diversas atuações no organismo, dentre elas ajudar na absorção dos carboidratos, facilitar a circulação sanguínea e melhorar o metabolismo infantil. Rico especialmente em vitamina B12, o bife de fígado torna o organismo infantil livre da anemia e facilita a recuperação de enfermidades.
4 – Fonte de ferro: A atuação mais conhecida do fígado é o fornecimento de ferro para a nossa alimentação. A deficiência desse mineral pode acarretar fadiga, infecções, dores de cabeça, palidez, ansiedade, anemia e até a irregularidade dos batimentos cardíacos. O nutriente deve estar presente desde os primeiros anos da nossa vida até a terceira idade, prevenindo esses sintomas e outras complicações.
5 – É importante para a saúde cardiovascular: O bife de fígado contém a Coenzima Q10, um nutriente fundamental para a reconstrução das células, para a saúde do coração, produção de energia e, por possuir propriedades antioxidantes, dificulta a ação dos radicais livres no organismo. Embora seja um nutriente produzido pelo nosso corpo, sua ingestão é importante contribuir com a redução de colesterol e melhorar o sistema imunológico.
6 – Oferece traços de cobre na composição: O mineral é de suma importância para regular a absorção de ferro no organismo e contribuir com a formação das células sanguíneas e dos hormônios. Seu consumo também está relacionado com a boa saúde cerebral, impedindo doenças degenerativas e o aumento da imunidade.
Qual é a melhor forma de inserir o bife de fígado na alimentação do seu filho?
Para a nutricionista, o alimento pode ser inserido como bifinhos, em pedacinhos nas sopas, batido no feijão, sopa de ervilha ou lentilha e até hambúrguer: “O segredo para um apetitoso fígado é o alho. Colocar em quantidade que tempere bem. O alho disfarça seu gosto acentuado”, indica a Dra. Cristiane.
Recomendações e cuidados para consumo – Segundo Coronel, para crianças que não apresentam anemia ferropriva, uma vez por semana é o suficiente. Já para crianças que possuem déficit de nutrientes, deve ser inserido até 3x por semana.
“O ideal é consumir o fígado de animais mais jovens e criados soltos, preferencialmente de forma orgânica. Pois possuem menos chances e ter outras substâncias sintéticas (presentes em ração de gado e medicamentos) em sua composição”, finaliza a nutricionista.