Alimentos ultraprocessados: o que são, os riscos e como escolher opções saudáveis
Com a correria do dia a dia, é fácil ver muita gente que tem priorizando a praticidade em detrimento da qualidade. E é o que acontece com a comida: muitas vezes, optamos por alimentos ultraprocessados em vez de fazer refeições saudáveis, justamente pela facilidade que tais produtos alimentícios oferecem.
O problema é que os alimentos ultraprocessados não são balanceados nutricionalmente e seu consumo excessivo pode causar prejuízos à saúde a longo prazo. Entenda com essa matéria o que são esses alimentos e os riscos que trazem para o organismo. Somado a isso, conheça também alternativas práticas para manter uma rotina mais saudável. Boa leitura!
O que são os alimentos ultraprocessados?
Os alimentos ultraprocessados são produtos industrializados que passam por uma intensa transformação, que altera completamente a natureza dos seus ingredientes originais.
Essa transformação abrange a adição de:
- corantes;
- conservantes;
- adoçantes artificiais;
- sódio;
- realçador de sabor.
Entre outras substâncias. Portanto, esses alimentos são muito ricos em gorduras, açúcares e sódio.
Quais são os exemplos de alimentos ultraprocessados?
Os principais alimentos ultraprocessados são:
- refrigerantes;
- macarrão instantâneo;
- nuggets;
- salsichas;
- biscoitos recheados;
- sorvetes;
- balas;
- chocolates;
- mistura para bolo;
- cereais matinais;
- molhos prontos;
- sopas em pó;
- barra de cereal;
- temperos instantâneos;
- bebidas lácteas adoçadas;
- iogurtes com sabor;
- energéticos;
- pizzas e hambúrgueres congelados;
- salgadinhos de pacote;
- pós para refrescos.
Como saber se o alimento é ultraprocessado?
De acordo com o estudo intitulado “Os aditivos alimentares e o modelo de perfil nutricional da Organização Pan-americana da Saúde como elementos contribuintes para a identificação de produtos alimentícios ultraprocessados”, de 10 mil rótulos de alimentos ultraprocessados analisados, 99% deles apresentam altos teores de açúcar, sódio ou gordura.
Além disso, tais alimentos industrializados contam com a presença de aditivos alimentares, como edulcorantes e adoçantes. Diante disso, a dica para saber se o alimento é ultraprocessado ou não é: analisar o rótulo do produto antes de comprá-lo.
Assim, se a lista de ingredientes for muito grande, tiver nomes difíceis de pronunciar e você perceber a presença de aditivos alimentares, como corantes, estabilizantes, nutrientes cítricos (açúcar, gordura e sódio) e aromatizantes artificiais, é muito provável que o alimento seja ultraprocessado.
Qual é a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados?
Com base na classificação do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, os alimentos processados e ultraprocessados se diferenciam, principalmente, pela composição dos ingredientes utilizados em cada tipo de produto.
Dessa forma, o Ministério da Saúde entende que alimentos processados são alimentos in natura, isto é, produtos que não sofrem alteração em seus ingredientes originais e levam apenas a adição de açúcar, sal ou outro ingrediente de uso culinário. Exemplo disso é a manteiga com sal, que é classificada como um alimento processado. Já a manteiga sem sal, por conter somente a manteiga, é considerada um alimento minimamente processado.
Já os alimentos ultraprocessados são compreendidos como alimentos que passam por várias etapas e técnicas durante o seu processamento e os ingredientes originais são modificados. Então, para além da adição de açúcar e sal, por exemplo, são adicionados, também, aditivos químicos e conservantes com nomes e/ou códigos diferentes e difíceis de pronunciar. Presunto e pães industrializados são alguns desses produtos.
Quais são os riscos do consumo de alimentos ultraprocessados?
O fato de os alimentos ultraprocessados serem composto por um excesso de aditivos químicos e conservante faz com que tais produtos apresentem pouco valor nutricional. Por causa disso, o seu consumo excessivo pode causar sérios prejuízos à saúde, como:
- diabetes tipo 2;
- hipertensão;
- doenças cardiovasculares;
- deficiências nutricionais;
- ansiedade;
- depressão;
- câncer;
- demências;
- problemas gastrointestinais;
- doenças renais.
Estima-se que, anualmente, morrem no Brasil cerca de 57 mil pessoas, entre 30 e 69 anos, e o responsável pela fatalidade é o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. Pelo menos é o resultado de um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de Santiago do Chile, que está disponível na National Library of Medicine.
Ainda de acordo com a pesquisa, se o consumo fosse reduzido há 10 anos, 21% das mortes poderiam ter sido evitadas.
Como escolher alimentos saudáveis no lugar dos ultraprocessados?
Criar bons hábitos alimentares pode ser mais fácil do que você imagina. E o primeiro passo para fazer isso é saber escolher alimentos saudáveis. Veja abaixo dicas de cada refeição do dia para você realizar a melhor escolha na hora de montar o seu cardápio:
- De manhã, o ideal é que se consuma proteínas, carboidratos complexos e vitaminas. Então no café da manhã você pode comer ovos, pães integrais e iogurte natural, por exemplo.
- No almoço e jantar, por sua vez, é interessante optar por proteínas magras, como frango e peixe, junto a legumes e verduras.
- Na hora do lanche, o ideal é consumir frutas, oleaginosas ou iogurtes naturais.
O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda que ingredientes, como óleo, gordura, sal e açúcar sejam utilizados em pouca quantidade nas refeições. Por outro lado, sugere-se que os alimentos processados sejam consumidos moderadamente, e os ultraprocessados, evitados, uma vez que não existe um nível seguro para consumo desse tipo de produto.
Portanto, para manter uma alimentação saudável, o ideal é ler sempre os rótulos antes de comprar alimentos; evitar aqueles que são compostos por muitos ingredientes e nomes desconhecidos; e sempre que possível, dar preferência aos alimentos naturais e frescos.
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