Meu filho não come: falta de apetite ou seletividade alimentar?
Meu filho não come, o que fazer? Essa é a pergunta que não sai da cabeça de muitas mães e pais depois das principais refeições do dia. Quando a falta de apetite atinge crianças, é normal ficar preocupado. Afinal, os pequenos estão em fase de crescimento e precisam absorver bons nutrientes para garantir um desenvolvimento saudável e um organismo forte.
Dentre as possibilidades, a seletividade alimentar pode ser uma das respostas para o que causa falta de apetite e/ou a rejeição por alimentos durante as refeições. Portanto, descubra o que é seletividade alimentar, como se confunde com falta de apetite e veja as dicas para acertar na alimentação saudável infantil.
Falta de apetite: o que pode ser?
A falta de apetite pode estar ligada a diversos fatores, principalmente na primeira infância. Em muitos casos, realizar as refeições diante da televisão ou com brinquedos à mão faz com que as crianças se distraiam e percam a vontade de comer. Temperos e aromas muito fortes estão inclusos na lista de possibilidades, inclusive.
Assim como manter um cardápio muito repetitivo ou dar doces aos pequenos entre as refeições também pode levar à perda da fome, por exemplo. E não tem nada de “frescura de criança” nisso, viu? Porém, a resposta para o que causa falta de apetite nem sempre é tão simples de ser identificada.
No geral, apenas um especialista pode explicar o motivo da perda de apetite infantil e quanto antes se tiver o diagnóstico, melhor. Por isso, é fundamental oferecer um acompanhamento alimentar para os pequenos a fim de prevenir uma alimentação seletiva e/ou restritiva. Você sabe o que é isso?
Seletividade alimentar é um tipo de transtorno alimentar que afeta crianças
A seletividade alimentar infantil é mais comum do que a maioria dos responsáveis gostaria. Apesar de ser confundida com a falta de apetite ou “manha de criança”, o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é uma doença sensorial classificada como rejeição ou fobia de alimentos, devido aos sabores, cheiros, texturas e cores que apresentam.
O TARE representa uma diminuição na variedade de alimentos no cardápio e pode provocar deficiência de vitaminas e minerais no organismo, pois são ingeridos apenas ingredientes considerados seguros pelas próprias crianças. Apesar de não existir intolerância a certos alimentos, é normal que o indivíduo apresente náuseas e desconfortos intestinais.
A causa da seletividade alimentar varia bastante, mas ter o paladar aguçado e associar os alimentos a traumas e emoções negativas são bem comuns. E como qualquer distúrbio, o diagnóstico só pode ser dado por nutricionistas ou médicos especializados. Para saber mais, consultar um profissional é indispensável.
Alimentação saudável infantil: como garantir a ingestão correta de nutrientes?
Agora que você já sabe o que é seletividade alimentar, é crucial ter cuidados específicos para acertar no cardápio das crianças. Além de garantir um acompanhamento nutricional regular, lembre-se de escolher ingredientes de qualidade para a dieta dos pequenos.
O mais indicado é apostar em uma alimentação variada, que seja rica em frutas, legumes e cereais diferentes a cada refeição. Quanto mais criativo e colorido, mais interessante o prato é para a criança. E claro, também é muito importante não fugir ao plano alimentar, oferecendo petiscos pouco nutritivos que podem “substituir” as refeições, por exemplo.
Para acertar em uma alimentação saudável infantil, o principal é estabelecer bons hábitos alimentares, como hora para comer, e estimular a criança a ingerir novos ingredientes sem pressão. Ouvir o que ela deseja e tornar a refeição mais prazerosa vai fazer toda a diferença na experiência alimentar dos pequenos.