Bem-estar alimentar: 6 passos para melhorar a vida através da alimentação
As ligações entre os nossos hábitos alimentares com as questões de qualidade de vida e bem-estar, tanto físico quanto mental , vão muito além daquilo que ingerimos em refeições do dia a dia. Fora a necessidade de manter uma dieta regulada e individualizada às demandas de cada pessoa – preceitos da nutrição funcional-a rotina alimentar equilibrada também oferece diversos outros benefícios à saúde, como a prevenção do estresse alimentar.
Motivos de muitos estudos e análises científicas, as causas do estresse podem ser geradas através dos maus hábitos de vida (sono inadequado, sedentarismo, vícios, etc) e também, pelos hábitos alimentares inadequados, como explica a nutricionista Cristiane Coronel:
“Hábitos alimentares ruins influenciam diretamente no rendimento do metabolismo e alterações hormonais diversas do organismo (insulina, glucagon, serotonina)”, destaca a profissional, nos apresentando seis maneiras eficazes de evitarmos esse estresse e promovermos o bem-estar alimentar em nossas vidas. Veja!
Regras para manter o bem-estar alimentar
1 – Fuja das tentações industrializadas: A maioria das pessoas que se encontram em estresse, tendem a buscar em fontes alimentares um prazer para que de certa forma, disfarce as sensações desconfortáveis que o problema provoca. Buscam fontes muito grandes de carboidratos, gorduras e doces, muitas vezes presentes em fast-foods. “Estes tipos de alimentos, provocam uma grande produção de serotonina (hormônio do bem-estar que costuma despencar nos momentos de estresse), porém, esta fonte serotoninérgica se esgota rapidamente no organismo, fazendo com que o corpo e a mente “necessitem” horas depois, de novas fontes alimentares como estas, para ter novamente a falsa sensação de bem-estar, levando ao estresse alimentar”, destaca a nutricionista.
2 – Mantenha o equilíbrio nas refeições: Segundo Cristiane Coronel, a alimentação inadequada, a médio ou longo prazo, pode desencadear desequilíbrios metabólicos e hormonais como: ganho de peso descontrolado, aumento de colesterol, insulina e da glicose no organismo, deficiência de micronutrientes importantes para o organismo (principalmente as vitaminas do complexo B, importantes para o equilíbrio do Sistema Nervoso Central), cansaço frequente, distúrbios do sono, alterações dos hormônios sexuais, levando a redução de libido ou até mesmo, impotência sexual.
3 – Emagreça com planejamento: A pressão para se perder de peso e principalmente seguir dietas inadequadas (dietas da moda, por exemplo), levam à frustração porque não oferecem perda de peso (gordura) adequada e isso leva a um estresse emocional, onde em alguns momentos do dia (e principalmente da noite), desencadeiam compulsão alimentar. “O indivíduo entra em desespero e passa a comer descontroladamente, logo depois vem uma imensa culpa, se tornando um ciclo vicioso, a cada dia”, destaca a profissional.
4 – A culpa não é só das calorias: Pessoas que possuem o problema de emagrecer, revelam muita dificuldade de perda de peso por conta de tentativas frustradas com as dietas, geralmente possuem medo de calorias e conferem todos os rótulos de alimentos. “Se mostram muito culpadas quando fazem uma refeição que não estava prevista na dieta. Além disso, fazem dietas muito restritivas em carboidratos, levando ao estresse e mau humor, por descompensação dos hormônios, desencadeando compulsões alimentares”, analisa.
5 – Frequência alimentar: De acordo com a Dra. Coronel, para tratar/evitar o estresse alimentar, a frequência alimentar a cada 3 horas é regra de ouro, distribuição de bons carboidratos, proteínas e gorduras de boa qualidade, devem ser distribuídas adequadamente ao longo do dia e devem ser orientadas por nutricionista para que não se corra o risco de alterações hormonais durante o tratamento nutricional.
6 – Atividades físicas regulares: “Fazer exercícios (no mínimo 4x por semana), são fundamentais para o controle de hormônios, aumento de bem-estar, otimização da circulação sanguínea, gasto calórico aumentado e evita as compulsões provocadas pelo estresse do dia a dia”, finaliza a especialista.