Hormônios: Aprenda como usá-los a favor da nossa saúde e qualidade de vida!
Quando falamos em hormônios, o que nos vem à cabeça? Substâncias fortificantes, de crescimento e alta produção no organismo, talvez… Enfim, de fato, o conceito de hormônio passa pelos mais variados aspectos de transformação do nosso corpo e, por isso, cada vez mais, é motivo de pesquisas e análises da ciência nutricional. Entenda um pouco mais sobre as funções, benefícios e, claro, cuidados que devemos tomar com os hormônios, em busca da melhor qualidade de vida.
O termo “hormônio” tem origem grega e significa “por em movimento”, sendo essas substâncias extremamente importantes para o controle e o bom funcionamento do nosso corpo. Segundo a nutricionista Giovana Morbi, eles atuam diretamente na corrente sanguínea, produzidas pelas glândulas do sistema endócrino ou por neurônios especializados e, se soubermos usarmos da maneira correta, nosso organismo ganhará uma série de benefícios:
“Cada tipo de hormônio tem uma função diferente no nosso organismo, logo, o sangue transporta os hormônios para atuarem em diversas áreas. Vou contar uma coisa que talvez você não saiba: você pode fazer essas poderosas substâncias químicas trabalharem a seu favor. As pessoas têm muito mais influência sobre seus hormônios do que pensam!”, destaca a profissional.
Os hormônios podem ajudar na redução de peso?
Saber usar os hormônios a seu favor, é uma forma de lidar melhor com o seu corpo e as reações que causam sobre ele. Uma das funções mais notáveis é a capacidade de reduzir e até mesmo eliminar o excesso de gordura corporal. Giovana Morbi explica:
“Seus hormônios são extremamente importantes para o controle do peso e influenciam desde sua fome até em que local você acumula mais gordura. Mesmo suas células de gordura secretam diversos hormônios. Certas estratégias podem ajuda-lo (a) a controlar alguns dos hormônios que influenciam seu peso”, enfatiza a especialista, nos apresentando esses hormônios e como eles agem no corpo.
Conheça quais são esses hormônios e sua ação no organismo
Leptina: É um tipo de hormônio responsável por regular a ingestão e no gastro energético. Estudos comprovaram que o excesso de gordura corporal pode causar uma condição conhecida como “resistência a leptina”, o que significaria que seu cérebro não é afetado, por mais que o corpo tenha níveis elevados dessa substância. Resultado: seu corpo sente fome, afinal seu cérebro não recebe o sinal de que está satisfeito. A boa notícia é que a resistência a leptina pode ser combatida! Como? Adivinha! Alimentação equilibrada e exercícios físicos, lógico! Giovana Morbi dá um dica infalível:
“Uma tática pode ajudar: antes de suas refeições, consuma 1 xícara de legumes crus! Um estudo descobriu que pessoas que incorporam o hábito tendem a sentir menos fome no fim do dia. Além das fibras, os vegetais contém antioxidantes essenciais e vitaminas, responsáveis pela redução da inflamação que interferem a ação da leptina, o que ajuda a aumentar a queima de gordura e reduz seus desejos”, aconselha.
Cortisol e serotonina : O cortisol é conhecido como o hormônio do “estresse”, já serotonina é aquela substância responsável pela sensação de prazer ou bem-estar. Como fazer para diminuir o primeiro e aumentar o segundo, respectivamente? Giovana Morbi analisa:
*Cortisol – O cortisol é famoso por ser liberado em situações de risco, de luta, defesa ou fuga, mas quando esse hormônio permanece elevado um longo período devido ao estresse contínuo, surge o desejo de açúcar ou alimentos com alto teor de carboidratos. O cortisol é famoso por ser liberado em situações de risco, de luta, defesa ou fuga, mas quando esse hormônio permanece elevado um longo período devido ao estresse contínuo, surge o desejo de açúcar ou alimentos com alto teor de carboidratos. Por isso quando mais calmo e relaxado você estiver, menos desejos por alimentos calóricos sentirá.
*Serotonina – Já a serotonina tem o efeito oposto: acalma e é um supressor natural do apetite. Para aumentar o nível de serononina no organismo é recomendado a prática de exercícios físicos e consumir alimentos ricos em vitaminas do complexo B, como salmão, carnes vermelhas ou oleaginosas como castanha do Pará e aveia, que trazem esse mesmo efeito de felicidade, já que o cérebro utiliza esses nutrientes para produzir o hormônio.
Insulina: É o “hormônio da saúde”, pois promove a entrada de glicose nas células. A falta dessa substância ou a incapacidade da mesma de exercer seus efeitos, é a principal causa do diabetes. “O excesso de peso pode levar a resistência a insulina, uma condição em que as células tornam-se menos sensíveis a ação da insulina e passam a não responder mais ao hormônio, resultando no aparecimento da Diabetes Mellitus Tipo 2, quando a pessoa ainda produz insulina, mas ela já não faz efeito. Diferente do Diabetes Mellitus Tipo 1, em que não há produção de insulina”, destaca a nutricionista.
Irisina: É o hormônio produzido pelos músculos e somente com a prática de alguma atividade física. Auxilia na perda de peso e aumenta a capacidade dos músculos de receberem glicose, para serem queimadas durante os exercícios. Para equilibrar os níveis de irisina no organismo é importante estar em dia com o seu corpo, como reitera a nutricionista Giovana Morbi:
“Suar e suar. Fazer exercício é o caminho para aumentar seus níveis de irisina e por sua vez, queimar mais gordura! No estudo publicado na Nature, os níveis de irisina dobraram após um programa de 10 semanas de treino com bike que com duração de 20 a 35 minutos, de quatro a cinco vezes por semana”, finaliza a profissional.