Medida de açúcar: O quanto podemos consumir doces diariamente na alimentação?
Açúcar: Ame-o ou deixe-o! Um dos ingredientes mais utilizados na história da gastronomia, inclusive, podemos dizer que mudou o patamar das receitas e da culinária mundial, com pratos mais doces e saborosos, também é visto como um grande vilão, quando o assunto em questão é equilibrio alimentar em prol da saúde. Mas, a boa notícia às “formiguinhas de plantão” é que com bastante moderação e utilizando versões mais naturais dessa iguaria, é possível adoçar as comidas sem, necessariamente, descuidar do corpo!
De acordo com dados e pesquisas nutricionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo diário de açúcar não deve ultrapassar 50 g ou 10% das calorias ingeridas em uma dieta saudável. Segundo a nutricionista Glasiele Medeiros, seria importante reduzirmos esses valores da OMS, ainda pela metade: “Maiores benefícios à saúde podem ser alcançados se o consumo diário de açúcar for reduzido para 5% das calorias ingeridas (ou cerca de 25 g de açúcar por dia). O açúcar naturalmente presente em alimentos, como a frutose, não deve ser computado nessa recomendação”, completa a nutricionista.
Açúcar vicia? Como ele age em nosso organismo?
Mesmo com a aparição de produtos diet, ligth e zero, ainda assim é difícil manter uma alimentação totalmente sem açúcar no dia a dia. Isso acaba interferindo diretamente na qualidade de vida das pessoas, já que, segundo Glasiele, o produto, principalmente seu tipo refinado, possui componentes “viciantes”, ou seja, que causam uma dependência de consumo. Ela explica como o açúcar age em nosso organismo:
“O açúcar geralmente é o principal ingrediente dos doces. Quando consumimos doces, o açúcar é transformado em glicose e é dessa forma que ele circula no sangue. O consumo de doces, principalmente em jejum, faz com que a glicose no sangue (glicemia) aumente rapidamente, levando a liberação de insulina, hormônio responsável por permitir que a glicose entre nas células. Esse rápido aumento da glicemia faz com que grandes quantidades de insulina seja liberada a fim de “estocar” todo o açúcar ingerido”, destaca a profissional, complementando:
“Esse processo ocorre rapidamente, fazendo com que os níveis de glicose subam e depois caiam rapidamente, o que faz com que a vontade de comer mais doce persista, gerando assim um ciclo vicioso, que pode contribuir para o surgimento de doenças como diabete tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade. Além disso, o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie dental”, diz a especialista.
Quem precisa evitar o açúcar?
De acordo com a nutricionista, o ideal é que o consumo de doces seja eventual e com moderação inclusive por indivíduos sadios, mas há pessoas que precisam evitar e ter um cuidado maior:”Diabéticos ou pessoas com predisposição à doença; Obesos e aqueles que se encontram acima do peso ou portadores de alguma doença requerem orientações específicas de um profissional nutricionista”, finaliza Glasiele.