Existem alimentos ricos em progesterona? Saiba como aumentar o hormônio no corpo
Manter uma boa alimentação é fundamental para garantir o bom funcionamento dos hormônios e do organismo como um todo. A progesterona, em especial, ajuda a regular os minerais (como cobre e zinco) no sangue, garante qualidade de sono e é essencial para o organismo feminino. A boa notícia é que é possível garantir bons níveis desse hormônio mantendo uma dieta variada e saudável, com alimentos específicos. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Adriana Lúcia Van-Erven Ávila, que deu dicas de alimentos que estimulam a produção de progesterona. Confira!
Afinal, o que é progesterona e como ela atua no organismo feminino?
De acordo com a nutricionista Adriana Ávila, a progesterona é uma substância esteróide indispensável para as funções do corpo feminino. Por isso, é de suma importância garantir um bom equilíbrio do hormônio. “A progesterona é o segundo hormônio feminino e é produzido principalmente nos ovários. Ela atua na ovulação, ajuda na regulação da menstruação, mantém o útero saudável, promove o espessamento do endométrio, na preparação e manutenção da gestação, na formação da placenta e do aleitamento materno”, explica Adriana.
Existem alimentos ricos em progesterona?
A resposta para essa pergunta é não! Afinal, não existem propriamente alimentos naturais fontes de hormônios. No entanto, a nutricionista destaca que uma boa alimentação é essencial para garantir o equilíbrio das funções hormonais. “Não existem alimentos ou nutrientes ricos em progesterona, mas sim aqueles que estimulam a sua fabricação pelo organismo”, afirma Adriana. Para que você consiga montar uma dieta mais saudável, que estimule a produção de progesterona, a nutricionista sugere alguns grupos de alimentos e nutrientes:
Abacate
Além de ser fonte de gorduras benéficas, que fazem bem para a saúde do coração, o abacate é indicado para aumentar os níveis de progesterona no organismo. De acordo com a nutricionista, você pode consumir essa fruta de diversas formas. “Você pode preparar creme de abacate, usá-lo na salada com atum e cebola, amassado com limão e adoçado ou na vitamina com leite. O abacate auxilia no gerenciamento do estresse, controlando o cortisol e com isso ajuda no aumento da progesterona”, destaca Adriana.
Fontes de L-arginina
Para quem não conhece, a L-arginina é um tipo de aminoácido que faz bem para a saúde do sistema circulatório, dos músculos e, quando consumido a longo prazo, ajuda a manter a progesterona alta. Por isso, a nutricionista recomenda alguns alimentos fontes dessa substância: “atum, carne de porco (lombo é o mais magro), frango, peru, salmão, lentilha (leguminosa como substituição ao feijão, na sopa ou junto com o arroz), semente de abóbora“, sugere Adriana.
Fontes de vitamina B6 (piridoxina)
Além de serem importantes para a saúde do sistema nervoso, as vitaminas do complexo B fazem bem para os ovários e para o sistema reprodutor feminino como um todo. A piridoxina (vitamina B6), em especial, atua diretamente aumentando os níveis de progesterona no organismo, o que é importante para o controle dos ciclos menstruais e redução dos sintomas da TPM, por exemplo. De acordo com Adriana, existem muitos alimentos fontes desse nutriente que podem ser incluídos na sua dieta:
“Oleaginosas como amêndoas, avelãs, castanhas em geral, nozes (podem ser usados em algum lanche ao longo do dia), frango, salmão, carne bovina (comer 1 porção média de 100 gramas no almoço e jantar), banana (incluir no café da manhã ou sobremesa do almoço/jantar ou como lanche de intervalo), espinafre (refogado no almoço ou jantar), batata (preparar cozida, assada, purê, ensopada no almoço ou jantar)”, recomenda a profissional.
Fontes de vitamina C
Para manter o sistema imunológico fortalecido e os níveis de progesterona dentro do ideal, a nutricionista também recomenda o consumo de alimentos ricos em vitamina C: “frutas como abacaxi, acerola, caju, goiaba, kiwi, laranja, morango, tangerina; legumes e verduras como brócolis, couve-flor, pimentão, couve-manteiga e repolho, cozidas ou refogadas no almoço e jantar”, destaca.
Fontes de magnésio
Além de ser importante para o sistema nervoso (ajuda a reduzir o estresse, a melhorar a memória e auxiliar nas funções cerebrais), o magnésio é um mineral importante para manter os hormônios – em especial, a progesterona – em devido equilíbrio. Por isso, Adriana sugere incluir alimentos fontes desse nutriente no cardápio diário: “abóbora (cozida ou como purê), alcachofra, aveia (na vitamina, no mingau, na salada de frutas ou na sopa), banana, espinafre, oleaginosas, chocolate 70% cacau, semente de abóbora (como lanche sozinha ou junto com as oleaginosas)”, afirma.
Fontes de zinco
Você sabia que alimentos ricos em zinco também podem ajudar no controle da progesterona? A nutricionista dá dicas de como manter uma dieta rica no nutriente: “Inclua carne bovina, frango, frutos do mar (acompanhando o peixe ou como molho de macarrão), gérmen de trigo (junto com o iogurte ou na vitamina), oleaginosas e sementes de abóbora”, ressalta Adriana.
Mantenha uma dieta variada e beba bastante água
Para garantir equilíbrio no funcionamento dos hormônios de uma forma geral, a nutricionista destaca a importância de manter uma dieta bem completa e equilibrada (com todos os grupos alimentares) para, assim, evitar possíveis problemas de progesterona baixa:
“Além da ingestão desses alimentos incluir outros tipos de frutas, legumes, leguminosas (ervilha, feijão, grão-de-bico ou soja), verduras, tubérculos (cará, mandioca, mandioquinha, inhame), leite e derivados magros (coalhada, iogurte, queijos), óleos vegetais (soja, milho, girassol, canola, azeite de oliva extravirgem), a fim de termos uma alimentação sempre completa e balanceada. Não podemos esquecer da ingestão adequada e regular de líquidos, principalmente da água ao longo do dia“, complementa Adriana.
Como aumentar a progesterona de outras formas?
Além de manter cuidados específicos com a alimentação, também é importante ter um estilo de vida equilibrado, com hábitos saudáveis. Para evitar que o organismo fique com progesterona baixa – e não sofra algum desequilíbrio hormonal -, a nutricionista destaca a importância de ter uma rotina de bem-estar. “Procurar ter um peso corporal saudável, evitando o seu excesso (pré-obesidade ou obesidade); gerenciar o estresse por meio de meditação, praticar yoga, ter uma boa rotina de leitura, ouvir música e fazer atividade física regularmente“, finaliza.