Quem amamenta pode comer o que? Saiba quais alimentos lactantes devem evitar
Muitas mulheres não sabem, mas existem alimentos que devem ser reduzidos (ou até mesmo cortados) durante o período de amamentação. Afinal, tudo que a mãe consome se reflete diretamente na produção do leite – que é a alimentação base do bebê nos primeiros seis meses de vida. Por isso, além de procurar uma alimentação saudável e equilibrada, também é necessário cortar alguns grupos de alimentos. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Luciana Novaes, especializada em saúde materna e infantil. Confira!
Bebidas alcoólicas não devem ser consumidas durante a amamentação
Buscar uma alimentação saudável durante a amamentação é essencial para garantir uma boa nutrição ao bebê. “Alguns alimentos não são indicados para esse período de amamentação. Não só por conta da saúde da mãe, mas também por trazerem riscos à saúde do bebê”, afirma Luciana.
Nessa onda de reduzir e cortar alimentos, um dos principais pontos é a bebida alcoólica, como explica a nutricionista: “É um mito achar que o consumo de cerveja preta aumenta a produção de leite materno. Além de isso não acontecer, o álcool da bebida passa para o leite, tornando-se um risco para a saúde do bebê”, comenta.
Algumas mulheres pensam que é possível consumir álcool em horas do dia que não estão amamentando. No entanto, a nutricionista destacou que isso não é indicado. “Não adianta achar que 2 ou 3 horas depois do consumo da bebida não há esse risco. O álcool fica circulando no corpo por muito mais tempo. Por isso, quem amamenta não deve fazer a ingestão de bebida alcoólica. Além disso, há uma mudança no cheiro do leite, o que pode levar o bebê a recusar e atrapalhar a prática do aleitamento”, complementa a profissional.
Evite alimentos muito gordurosos e pesados
Além de cortar as bebidas alcoólicas durante a amamentação, é importante que a mãe também evite alimentos muito gordurosos: “Alimentos ricos em gorduras, como bacon, linguiça e frituras, tendem a aumentar o teor de gordura no leite e podem provocar desarranjos intestinais na criança, fazendo com que ela tenha fezes mais amolecidas e aumentando a quantidade das evacuações”, explica Luciana.
É importante maneirar no consumo da cafeína
Você sabia que os efeitos da cafeína (de despertar a mente, por exemplo) podem ser transmitidos para o leite materno? Segundo Luciana, o ideal é que a mãe também modere no consumo dessa substância: “Café, chá preto e chá mate têm que ser usados com moderação: 200 ml no máximo por dia, sendo dividida de 2 a 4 vezes (4 xícaras de 50 ml, por exemplo). Isso porque a cafeína passa para o leite materno e isso pode acelerar o batimento cardíaco do bebê, provocar irritabilidade e dificuldades para dormir”, acrescenta a especialista.
Reduza o consumo de alimentos muito calóricos
Outra dica interessante é reduzir o consumo de alimentos calóricos, como doces e massas. Assim, você garante uma alimentação mais leve e nutritiva, apenas com alimentos indispensáveis para o bebê. “Alimentos ricos em açúcar, pão branco e arroz branco também devem ser evitados. São extremamente calóricos e, por isso, contribuem para o ganho de peso materno e do bebê”, explica Luciana.
Mesmo assim, a nutricionista ainda destaca que não existe um alimento específico que cause cólicas ou dores no bebê. O importante é realmente fazer um acompanhamento com um bom médico e nutricionista e manter-se atenta às reações do bebê à alimentação.
“Nenhum alimento, isolado, pode causar cólicas no bebê. Mas o intestino do bebê ainda está se formando e algumas crianças apresentam maior dificuldade de digestão do que outras. Alguns alimentos podem contribuir para agravar essa situação, como crucíferas (brócolis, repolho, couve-flor), café, chá mate, chocolate e refrigerante. É importante que a mãe perceba se a mamada, após a ingestão desses alimentos, causa algum desconforto, para a retirada que deve ser feita com o acompanhamento e a orientação de um nutricionista” finaliza a profissional.