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O que é intolerância à galactose e como evitar o consumo da substância
Guia Culinário 15/04/2020

O que é intolerância à galactose e como evitar o consumo da substância

Muita gente já ouviu falar em intolerância ao glúten ou à lactose, que são problemas mais comuns, que causam sintomas como dor, inchaço, enjoo, diarreia e até alterações no humor. Mas você já ouviu falar na intolerância à galactose (ou galactosemia)? Apesar de ser mais raro, esse problema pode causar sintomas graves e deve ser tratado corretamente. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Cristiane Coronel, que esclareceu pontos importantes sobre a galactosemia. Confira!

Galactosemia consiste na deficiência do organismo em metabolizar a galactose

De acordo com a nutricionista Cristiane Coronel, a galactosemia ocorre da mesma forma que outras intolerâncias. Ou seja, o organismo tem dificuldade de quebrar e digerir certa substância (neste caso, a galactose).

“Galactosemia é uma doença genética que se caracteriza pela deficiência do organismo em converter a galactose (um açúcar monossacarídeo proveniente da “quebra” da lactose), em glicose (um outro tipo de açúcar). A produção enzimática para este processo não ocorre corretamente, causando uma série de sintomas provenientes da toxicidade da galactose não metabolizada – como dificuldade de ganhar peso (no caso de bebês), náuseas, vômitos, pele e olhos amarelados (icterícia), irritabilidade, convulsões e aumento do volume do fígado (hepatomegalia)”, explica a profissional.

Vale destacar que, por ser uma deficiência congênita, a intolerância à galactose precisa ser tratada desde cedo. Assim, é possível evitar ao máximo os sintomas e garantir o controle do problema. “Caso os pais tenham galactosemia, seus filhos terão 25% de chance de nascer com o mesmo problema – que pode ser diagnosticado através do teste do pezinho. A doença sem tratamento pode causar problemas nos rins, fígado, olhos e no sistema nervoso central do bebê”, afirma a nutricionista.

É importante cortar leites, derivados e outros alimentos da dieta

Para tratar a galactosemia, a primeira coisa que você precisa fazer é tomar certos cuidados com a alimentação, cortando todos os alimentos fontes de galactose. De acordo com a nutricionista Cristiane Coronel, é importante montar uma dieta bem restrita, balanceada e sem os seguintes alimentos/ nutrientes:

– Leites, queijos, iogurtes, coalhadas, requeijão, creme de leite;

– Manteigas e margarinas que contenham leite como ingrediente;

– Sorvete;

– Chocolate;

– Molho de soja fermentado;

– Grão-de-bico;

– Vísceras de animais: rins, coração, fígado;

– Carnes processadas ou enlatadas, como salsichas e atum, pois normalmente contêm leite ou proteínas do leite como ingrediente;

– Proteína hidrolisada do leite, normalmente encontrada em carnes e peixes enlatados, e em suplementos proteicos;

– Caseína (proteína do leite adicionada em alguns alimentos como sorvete e iogurte de soja);

– Suplementos proteicos à base de leite, como lactoalbumina e caseinato de cálcio;

– Glutamato monossódico: aditivo utilizado em produtos industrializados como molho de tomate e hambúrguer.

Por fim, a nutricionista dá uma boa dica para não correr o risco de consumir galactose sem querer no dia a dia: “Como a galactose pode estar presente em ingredientes utilizados na fabricação de produtos industrializados, deve-se olhar o rótulo para conferir a presença ou não da galactose. Além disso, alimentos como feijão, ervilha, lentilha e grãos de soja devem ser ingeridos com moderação, pois contêm pequenas quantidades de galactose”, finaliza Cristiane.