As curiosidades sobre a comida brasileira que valem a pena conhecer
Quando falamos em culinária brasileira logo surgem na mente várias comidinhas típicas: pão de queijo, feijoada, brigadeiro, açaí e por aí vai… alimentos típicos e que têm tudo a ver com o nosso país. Então, para que você conheça melhor todos eles, nós listamos algumas curiosidades sobre essas comidas tão famosas. Confira e aprenda mais sobre a nossa culinária!
Brigadeiro foi inventado em 1946 para a campanha à presidência de um militar
O brigadeiro deveria ser considerado patrimônio cultural do Brasil, né? Afinal, esse é um dos doces mais saborosos e que mais fazem sucesso no nosso país. Tradicionalmente feito com leite condensado, chocolate em pó e manteiga, ele costuma estar presente em todas as festas e eventos, além de ser usado como recheio de bolos, tortas e outras sobremesas.
Mas, o que muita gente não sabe, é que o brigadeiro foi inventado em uma situação bem inusitada. Em 1946, durante a campanha presidencial, um grupo de mulheres em São Paulo começou a preparar esse doce para favorecer a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes. Pois é, foi justamente por conta disso que o brigadeiro recebeu esse nome. Interessante, né? Desde então, ele foi se popularizando no Brasil todo e, hoje, é uma das comidas nacionais mais famosas e consumidas por aqui.
Sabia que outros países têm sua própria versão de pão de queijo?
O pão de queijo é outro alimento inventado no Brasil que faz bastante sucesso e, inclusive, vem sendo exportado para outros países. Mas você sabia que alguns lugares estão inventados suas próprias versões de pão de queijo? Na Colômbia, por exemplo, o pão de queijo é chamado de pan de bono – é bem parecido com a versão tradicional, só é mais achatado e, algumas vezes, preparado em formato de anel.
Já no equador, a versão do pão de queijo é chamada de pan de yuca, mas é geralmente preparada em formatos diferentes (às vezes redondo, reto ou até mesmo em estilo “bumerangue”). Argentina, Chile e Paraguai são outros países que também têm suas próprias versões de pão de queijo.
Você conhece a lenda do açaí, a “fruta que chora”?
Sabia que existe uma lenda para explicar a origem do nome “açaí”? De acordo com ela, a fruta teria sido batizada por uma tribo indígena da Amazônia, há muitos anos. Diz a lenda que, perto da área em que hoje é a cidade de Belém, vivia uma tribo bem numerosa. Em uma determinada época, no entanto, devido ao grande número de pessoas que viviam na aldeia, os alimentos passaram a ficar escassos. Por conta disso, o cacique, chamado Itaki, deu a ordem de que todas as crianças – nascidas a partir dali – seriam sacrificadas. Foi então que sua filha Iaçã ficou grávida e deu à luz uma menina, que – por conta da nova ordem do cacique – acabou sendo sacrificada logo após o nascimento.
Iaçã, então, chorou por dias em sua tenda pedindo a Tupã (divindade da cultura dos tupi-guarani) para mostrar um novo caminho de sobrevivência à sua aldeia, sem que fosse necessário sacrificar as crianças. Em uma noite, após muitos dias trancada em sua tenda, Iaçã escutou um choro de criança vindo de fora. Ao sair para procurar a origem do choro, a índia se deparou com a imagem de sua filha aos pés de uma palmeira e, então, correu para abraçá-la. No entanto, a imagem da criança sumiu por completo e, ao perceber que tudo fora uma miragem, Iaçã desatou a chorar e, de acordo com a lenda, acabou morrendo de desgosto.
No dia seguinte, seu pai e todos da aldeia encontraram seu corpo abraçado à palmeira. Os olhos negros de Iaçã estavam voltados para o topo da árvore e foi assim que todos perceberam a presença de frutinhos escuros. O cacique então pediu que recolhessem todos os frutos, que passaram a alimentar toda a aldeia. Para homenagear sua filha, Itaki deu o nome de “açaí” para a fruta (Iaçã ao contrário).
Interessante essa lenda, não? Além disso, no vocabulário tupi, o açaí é conhecido como “ïwasa’i”, que significa “a fruta que chora”. Além de se deliciar com as comidas brasileiras, também é interessante aprender curiosidades e as origens dos nossos alimentos típicos, né?